Empreendedorismo materno: afinal de contas, é possível?

No Brasil, 48% das mães ficam desempregadas no primeiro ano de vida de seus filhos, segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Para muitas, a única alternativa é deixar o medo de lado e começar um negócio próprio. Foi o que aconteceu com a ex-bancária Camila Bendochi, 34 anos, que resolveu empreender no segmento do franchising e, após pesquisar algumas opções, optou por um modelo home based para ter horários mais flexíveis.

Quando se tornou franqueada da Mr. Kids, em 2017, pensou no negócio como complemento de renda, conciliando com o antigo emprego. Quando Valentin nasceu, há seis meses, os planos mudaram. “Depois do nascimento do meu filho e no retorno da licença maternidade, decidi que gostaria de trabalhar somente em um negócio onde fosse possível conciliar as demandas do mundo corporativo a rotina com ele. Assim, resolvi me desligar do banco e seguir somente com a franquia”, afirma.

Foi então que a renda complementar virou a principal. “Comecei com duas máquinas e hoje administro seis delas”, explica a executiva. A Mr. Kids é uma franquia de vending machines voltada para o público infantil, em que o consumidor precisa apenas colocar moedas de R$ 1 ou fichas que a máquina entrega o brinquedo de forma automática, sem a necessidade de um funcionário no local, o que dá flexibilidade para os franqueados atuarem em horários alternativos.

“Minhas franquias estão posicionadas estrategicamente em sorveterias, restaurantes e hipermercados em diferentes regiões da capital paulista. A administração do negócio é feita de forma remota. Faço visitas periódicas para higienizar as máquinas, repor estoque e computar o valor faturado”, comenta Camila. “Desta forma consigo me dedicar ao meu filho. Nesta fase em que ele é bebê quero estar presente, pois ele é minha prioridade”, finaliza.