Terça-feira, 19 de novembro, é o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. As mulheres correspondem a pouco mais da metade da população brasileira e, de uns anos para cá, passaram a conquistar cargos de liderança, chefiar a casa e ousar no negócio próprio. De acordo com o levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2018), cerca de 48% dos novos negócios abertos são fundados por mulheres.
Se as dificuldades e desigualdades são muitas no mercado de trabalho, no que tange a força de vontade para empreender revela que a presença feminina será cada vez maior. Conheça quatro histórias incríveis de mulheres que se desafiaram e conquistaram, no franchising, posições de destaque.
Se idade é problema para alguns, para Sônia Maria Napoleão Ramos, ou simplesmente ‘Vó Sônia’, como é carinhosamente conhecida, os 73 anos não pesaram quando precisou colocar, literalmente, a mão na massa. Em 2009, junto dos filhos, fundou a Casa de Bolos, pioneira no segmento de bolos caseiros. Produzidos durante a noite, os bolos eram vendidos numa sala comercial, no centro de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e o negócio que começou com a produção de 21 unidades, logo cresceu e chamou atenção de muita gente. Dois anos depois, as franquias começaram a conquistar a cidade e logo expandiram para todo o Brasil, onde a rede tem hoje mais de 370 lojas.
Por sua vez, a carioca Regina Jordão contrariou amigos e familiares e apostou num negócio que, a princípio, não parecia ser boa ideia: um instituto de depilação a cera na Cidade Maravilhosa. Maluquice aos olhos de uns, Regina fundou a rede Pello Menos e provou que, mesmo na correria, muita mulher arranja um tempinho para cuidar de si. De porta em porta e no boca a boca, Regina convenceu muita mulher a conhecer sua cera exclusiva, que provoca menos dor e muito mais conforto. Em seis meses e com mais de mil clientes cadastradas, começou a estruturar a segunda loja. Não é a toa que o negócio que começou com investimento de R$ 40 mil em 1996 alcançou um faturamento de R$ 45 milhões em 2018.
E enquanto umas começam despretensiosamente, outras mudaram completamente de percurso. É o caso das empresárias Siomara Leite e Danielle Kono, fundadoras do Brechó Agora É Meu, franquia de brechós de luxo. Após um investimento sem retorno em um escritório de arquitetura, as executivas tiveram que dar uma guinada à 360°. Com uma quantidade considerável de peças de roupas, de clientes e de amigos, promoveram um bazar que atraiu grande público. Foi aí que resolveram unir o gosto pela moda em um projeto inovador: um brechó com cara de boutique. A expectativa das executivas é de dobrar o faturamento ainda esse ano, tendo em vista que durante 2019 houve um aumento de 100% nas vendas se comparado ao ano anterior, o que evidencia ainda mais a ascensão dos brechós de luxo e de modelos de negócio alternativos.
Enquanto isso, na capital paulista, Sylvia de Moraes Barros leva, desde 1994, a metodologia da The Kids Club para todo o Brasil. Atrás de um método eficaz que ensinasse inglês para crianças a partir dos 18 meses e atendesse uma lacuna na escola das escolas de idiomas, Sylvia foi até a Inglaterra para entender como era possível lecionar o inglês de maneira lúdica e atrativa. Enfrentando resistência dos pais nos primeiros anos, que não entendiam como era possível uma criança aprender um segundo idioma sem se confundir com a língua materna, a empresária insistiu e, pacientemente, foi educando como não só era possível, como é essencial. Em 2018, a rede cresceu 15% em relação ao ano anterior e hoje conta com mais de 70 unidades, revelando o enorme potencial do segmento de educação de línguas.