Confira quatro aprendizados de quem fez a transição de carreira e conquistou o sucesso

Eles foram resilientes, conseguiram trocar empregos formais pelo empreendedorismo e dão dicas para quem quer seguir o mesmo caminho

Mudar de carreira envolve dificuldades e riscos que quem opta por seguir uma trajetória profissional linear nem pensa em enfrentar. Quando a mudança envolve empreender então, parece ser um caminho sem volta. Mas esta nova jornada, como se sabe, não é só flores e, muitas vezes, é preciso perseverar. Exemplos de quem trocou empregos com carteira assinada pela independência do próprio negócio não faltam e alguns deles compartilham dicas e conselhos para inspirar e motivar quem está neste caminho.

Experiência e maturidade conta
Andréa Silva Abreu é proprietária de uma unidade da rede de podologia Doctor Feet, na cidade de Santos, litoral paulista. Ocupando um cargo de diretora em uma grande empresa de telefonia e com vasta experiência em gestão, decidiu arriscar-se no empreendedorismo. “Apesar das dificuldades, os ganhos financeiros compensam os riscos”, afirma. Ela investiu na rede há cerca de 11 anos e passou por vários momentos, mas, no último, em virtude das restrições impostas pela pandemia, as dificuldades foram maiores, sobretudo por ter uma unidade da rede localizada em shopping. “Meu exemplo ilustra bem os altos e baixos de quem vive do comércio, mas não me arrependo de nada, não queria mais seguir a hierarquia de uma grande empresa. Eu era experiente, tinha maturidade suficiente e desejava tomar as minhas próprias decisões”, conta. Para Andréa, ter mais liberdade na vida profissional traz uma grande realização pessoal, porém nem tudo são flores. “Vivo semanalmente todas as oscilações do mercado brasileiro e é preciso ter muita experiência e persistir”, aconselha.

Não desista na primeira dificuldade
O empreendedorismo também mudou os rumos profissionais de Fritz Paixão, CEO e fundador da CleanNew, rede especializada em blindagem e higienização de estofados. “Meu sonho era ser ator, trabalhei como apresentador de TV, me mudei de Salvador para o Rio de Janeiro para tentar alavancar a minha carreira, mas foi procurando por mais estabilidade financeira que decidi ter meu próprio negócio”. Hoje a marca está em expansão no Brasil e em mais três países: Colômbia, Espanha e Estados Unidos. Porém, Fritz conta que precisou de uma dose extra de determinação para ter o sucesso de hoje. “Comecei com a lavagem automotiva em condomínios residenciais de Salvador, mas esbarrei na convenção dos condomínios que proibia este tipo de serviço no período noturno”, lembra. A qualidade do serviço começou a chamar a atenção dos consumidores que queriam higienizar também os estofados de dentro de casa. “Acabei aprendendo tudo sozinho e consegui me destacar e focar na profissionalização do segmento”, conclui.

Acredite em você mesmo
Para Clayton Mangulin, fundador e CEO da Campinas Celulares, rede especializada em assistência técnica de smartphones, a decisão de empreender veio cedo. Aos 24 anos ele resolveu abandonar o curso de engenharia para abrir a própria assistência técnica. “Eu estava no terceiro ano da faculdade, mas o desejo de ter meu próprio negócio foi mais forte que os conselhos de amigos e parentes que diziam para eu não abandonar tudo”, recorda. Ele havia trabalhado numa loja do segmento, onde aprendeu a exercer a função. “Juntei as economias e montei a minha primeira loja, em pouco tempo o negócio cresceu, formatei para franquia e hoje são 13 unidades no interior de São Paulo, uma na Capital e outra em Nova Lima, no estado de Minas Gerais”, conta. Para ele empreender é um desafio, mas é muito compensador. “Minha ideia sempre foi levar o nome da cidade para fora e isso está se realizando agora”, finaliza.

Dedique-se ao negócio
Quando, em 1996, surgiu a ideia de abrir o próprio instituto de depilação a cera no Rio de Janeiro, não faltou quem dissesse a Regina Jordão que aquela ideia não daria certo. O pouco ouvido que deu aos comentários foi determinante, mas outro fator se somou ao sucesso que é hoje a rede de franquia Pello Menos: dedicação. O negócio, que começou em uma pequena sala no bairro de Copacabana, ganhou a projeção e conquistou as primeiras mil clientes em seis meses pelo esforço ‘mão na massa’ da fundadora e CEO. “Eu entrava nos comércios da região oferecendo o serviço de graça e convidando as mulheres para conhecer o novo instituto que tinha por ali, com um método inovador. O começo amedronta um pouco, é verdade, mas ousadia e criatividade são ferramentas para o sucesso. Foi assim, dando a cara à tapa que fui conquistando uma clientela fiel e cada vez maior”, declara Jordão.