O mercado é algo difícil de controlar; funciona quase que de forma autônoma. Após o Brasil passar pelo segundo ano seguido com o PIB em queda, em 2016, Antonio Corrêa de Lacerda, coordenador do Programa de Estudos Pós-Graduados em Economia Política da PUC-SP, resumiu a situação como “a maior crise do período pós-industrialização.” Somando estes dois fatores com a insegurança político-econômica, muitos brasileiros cancelaram seus planos de investimento.
No Brasil, tratamos de uma economia relativamente livre e bastante recente. Os subsídios estatais sem lastro, a insegurança fiscal e jurídica e a falta de comprometimento com uma política econômica de longo prazo fazem com que esses altos e baixos estejam sempre muito próximos; e isso não precisa ser necessariamente ruim.
Não sou economista nem analista de mercado, mas basta olhar no retrovisor pra entendermos que as crises são uma incubadora de oportunidades. Empreender durante períodos de baixa traz vantagens que você nunca encontraria em um mercado com perspectiva de altas correntes. Motivos práticos nos ajudam nessa comprovação:
1.Negociar o aluguel, por exemplo, com um alto índice de imóveis disponíveis, vai trazer benefícios ao locatário;
2. Contratar colaboradores dispostos a manter seus empregos e que vistam a camisa da empresa, dando grande valor à oportunidade;
3.Oferta e demanda: Encontrar fornecedores de qualidade com custos mais baixos;
4.Novos investidores, antes empregados e agora atrás de seu próprio negócio.
A OAKBERRY, empresa da qual sou fundador, nasceu em meio a maior crise da história recente no País. Entre dezembro de 2016 e setembro de 2018, saímos de uma para 80 unidades em operação. Sorte? Talvez um pouco. Sempre é bom contar com a sorte também. Mas o fato preponderante é a coragem! Não tenha medo de encarar uma crise, pois a maioria das pessoas terá e é nesse momento que você se destacará. Aproveite o momento para entender as necessidades da população e se arrisque.