O faturamento do comércio varejista do Estado de São Paulo, composto por 645 municípios, atingiu R$ 512,8 bilhões em 2014 – o maior do País e que corresponde a 30% do total do varejo nacional. Os dados são da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Os números demonstram o tamanho e a importância do varejo paulista para a economia nacional, sendo a região com maior concentração de oportunidades de emprego e geração de renda.
Em 2014, o varejo paulista empregava 2.512.855 pessoas – 2,5 vezes maior que o número de pessoas ocupadas no varejo de Minas Gerais e o equivalente às regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte juntas. O total de rendimentos pagos foi de R$ 45,5 bilhões, quantia maior do que a soma de 22 estados e 3,6 vezes o total do estado mineiro, segundo colocado no quesito.
A remuneração média mensal é de R$ 1.508,16 – superior a todos os outros estados brasileiros e 25% maior do que a média nacional de R$ 1.206,70.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a economia diversificada e rica faz do Estado de São Paulo independente de setores específicos, que são sujeitos aos altos e baixos das crises. A produção paulista exporta desde soja até aviões, ou seja, a economia local não fica refém de uma só atividade, justificando o protagonismo do Estado no cenário nacional e internacional.
Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, os maiores faturamentos foram registrados na Capital (R$ 160,4 bilhões), em Campinas (R$ 50,5 bilhões), Osasco (R$ 48,8 bilhões) e Ribeirão Preto (R$ 29,7 bilhões). Já as regiões de Presidente Prudente (R$ 7,4 bilhões), Araçatuba (R$ 7,7 bilhões), Marília (R$ 9,8 bilhões) e Araraquara (R$ 13,6 bilhões) apresentaram os menores faturamentos do varejo no Estado.
Outro ponto que merece destaque, de acordo com a Entidade, é que cada uma das 16 regiões do Estado também detêm a riqueza e diversidade característica do varejo paulista, não sendo dependentes da Capital. Se as 16 regiões selecionadas fossem estados, seriam mais ricas que pelo menos dois estados brasileiros e nenhuma delas amargaria o último lugar do ranking nacional.
Varejo paulistano
Desconsiderando o Estado a que pertence, o faturamento do varejo na cidade de São Paulo só é inferior ao do Estado de Minas Gerais. O comércio varejista da capital faturou R$ 160,4 bilhões em 2014, superior ao de 25 estados brasileiros e ocupou a primeira posição entre as 16 regiões analisadas, com participação de 31,3% nas vendas do Estado.
O varejo paulistano empregava 776.150 trabalhadores formais, número superior ao de todos os estados. O total de rendimentos pagos pelo comércio foi de R$ 16,4 bilhões – quantia maior do que a soma de 26 estados. Em relação à remuneração média mensal, o varejo da Capital pagou R$ 1.759,69 aos funcionários – superior a de 27 estados brasileiros e 45,8% maior do que a média nacional, que foi de R$ 1.206,70.
Ranking Estadual
Capital – R$ 160,4 bilhões
Campinas – R$ 50,5 bilhões
Osasco – R$ 48,8 bilhões
Ribeirão Preto – R$ 29,7 bilhões
ABCD – R$ 28,9 bilhões
Jundiaí – R$ 28,8 bilhões
Guarulhos – R$ 27,8 bilhões
Sorocaba – R$ 26,2 bilhões
Taubaté – R$ 23,1 bilhões
Litoral – R$ 17,5 bilhões
São José do Rio Preto – R$ 17 bilhões
Bauru – R$ 15,7 bilhões
Araraquara – R$ 13,6 bilhões
Marília – R$ 9,8 bilhões
Araçatuba – R$ 7,7 bilhões
Presidente Prudente – R$ 7,4 bilhões
Nota Metodológica
O estudo foi feito a partir dos dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), referente ao ano de 2014 divulgada pelo IBGE. Com base nos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), elaborada mensalmente pela FecomercioSP, calculou-se a participação do varejo de cada uma das dezesseis regiões sobre o total do estado em 2014. Essa proporção foi aplicada sobre o faturamento do comércio varejista paulista apurado pela PAC, possibilitando a comparação entre o faturamento do varejo das regiões paulistas e dos demais estados brasileiros.
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