Não há quem não tenha, um dia, trocado uma moeda ou pequena cédula de dinheiro por um doce, livro, brinquedo ou outro produto em uma vending machine, conhecidas também por máquina de autosserviço. Elas estão por todo parte e ganham espaço no mercado brasileiro suprindo pequenas necessidades do dia a dia corrido dos consumidores.
Se comparado com outros mercados mundo afora, o Brasil está apenas engatinhando nesse segmento, com cerca de 100 mil máquinas em operação, atualmente – na Europa são mais de 3 milhões, enquanto no Japão são 5 milhões e nos EUA, 3,5 milhões -, mas o segmento se mantém consciente, com crescimento na casa de 10% ao ano. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Vendas Automáticas (ABVA), 51% das pessoas recorrem às máquinas rápidas para suprir necessidades, sendo que 16% delas pode ser utilizadas sete dias por semana, 24 horas por dias, oferecendo praticidade e grande oferta.
Custos – E o bom negócio não é só para os consumidores. Empreendedores que optam por investir nesse segmento desembolsam a partir de R$ 7 mil – variando até R$ 40 mil, para opções mais moderna – podendo utilizar o negócio como fonte principal ou como segunda renda. Na rede de franquias Mr. Kids, por exemplo, o investimento é a partir de R$ 18.700, sem cobrança de royalties de quem adquire a marca. Seu principal fator de sucesso é aumentar o mix de produtos e serviços oferecidos ao cliente final, aliado ao baixo custo de implantação e manutenção.
A demanda que exige do empresário é baixa, sendo necessária uma visita por semana para reposição de mercadoria e recolhimento do dinheiro. “Na Mr. Kids a manutenção é vitalícia e gratuita. Como é uma máquina cujo funcionamento é comandado basicamente pela catraca, treinamos o franqueado para retirá-la e, em caso de necessidade, é prontamente substituída. Além disso, facilitamos a compra dos produtos comercializados, com vantagens para troca e pagamento, por exemplo”, explica o CEO da rede Mr Kids, Antônio Chiarizzi.
Dificuldades – Não é só um mar de rosas investir no segmento de vending machines. Ao contrário das máquinas da Mr. Kids – que só utilizam moedas e cédulas em seus equipamentos -, em alguns outros modelos do mercado, a conexão de dados para utilização de cartões pode ser um problema para o empreendedor e a emissão de nota fiscal de venda de produtos pode limitar o crescimento do setor no Brasil. Os custos logísticos também preocupam, devido à extensão territorial do país e a concentração de fornecedores em grandes capitais, e o frete pode sair caro dependendo da localização.
Outro adendo, segundo o diretor de Mr. Kids, é conscientizar os que adquirem a máquina e se tornam franqueados que, apesar do negócio não exigir full atention, é preciso encarar a proposta de maneira profissional, com dedicação e comprometimento para que a franquia tenha giro e rendimento, conforme o esperado. “Uma máquina limpa, sempre abastecida, com novidades em produtos atrai o consumidor e dá mais lucro a ele”, ressalta Chiarizzi.