Engenheiros largam a profissão para investir em escola de tecnologia para crianças e adolescentes

Investimento total em uma CódigoKid é de apenas R$ 35 mil e a rentabilidade do negócio é promissor

A atual situação econômica do país fez muitos profissionais de diversas áreas optarem por planos alternativos para escapar da onda de desemprego. Um setor que cresceu bastante devido o momento foi o franchising. Só em 2017, o do faturamento do setor chegou a 8%, o que significa uma elevação de 163 bilhões de reais em relação aos anos anteriores. A Associação Brasileira de Franchising (ABF) prevê fechar 2018 com um aumento de até 10% em seu faturamento.

Essa elevação no setor foi o que fez brilhar os olhos de investidores da rede CódigoKid, uma escola de programação e robótica que nasceu em 2017. Otimistas com o crescimento do ramo, a plano é finalizar 2018 com 100 unidades vendidas e um faturamento de mais de R$ 20 milhões. Sergio Rittmeyer e Reinaldo Samajaukas, donos de pontos em Miguel Pereira, no Rio de Janeiro e de Campinas, em São Paulo, respectivamente, largaram a engenharia para investir no ensino de tecnologia. Com um investimento total de apenas R$ 35 mil, eles entraram no mundo do empreendedorismo e conseguiram realizar sonhos pessoais antigos.

Samajaukas exerceu durante grande parte de sua vida a profissão de engenheiro da área automotiva. Quando chegou aos seus 50 anos, com as dispensas causadas pela fase econômica brasileira, viu que era o momento de empreender. Porém queria uma atividade em que pudesse envolver seus filhos, que estão no início da vida profissional. “O maior desafio foi me reinventar. Tive que sair da minha situação de conforto e ter que ir ao encontro de seus clientes para vender o meu serviço”, conta. De acordo ele, a experiência na CódigoKid tem sido um aprendimento diário. “Fico muito animado quando consigo atender um cliente e fechar a matrícula de um aluno. Sei que nossos cursos farão a diferença em sua formação e me sinto como um garotinho de 20 anos. Estou vivendo um momento maravilhoso”.

Já Rittmeyer esteve durante anos a frente de grandes empresas desenvolvendo projetos e serviços, dando suporte às soluções de negócios, além de ter dedicado mais de 20 anos ao seu emprego como engenheiro da Petrobrás. Porém seu grande sonho sempre foi ter o seu próprio negócio em uma área em que se sentisse completo. Foi quando começou a estudar diversas propostas da área de tecnologia e conheceu o plano da CódigoKid. “Após estudar as principais opções de parcerias no mercado de franquias, fiz a escolha definitiva pela Código Kid por considerar uma empresa realmente moderna e adequada às demandas dos novos tempos. Além disso tem a relevante e bonita proposta de revolucionar o ensino de tecnologia no Brasil”, conta o agora empresário carioca.

Douglas Brito não é engenheiro, mas passou muitos anos trabalhando com bombeiro no aeroporto de São José dos Campos. Morando em Guarulhos, com uma logística de ida e volta para o local de trabalho todos os dias, a distância da família despertou nele a vontade de abrir o seu negócio, na cidade em que reside. “Senti que estava em falta com a minha família. Analisei e vi que o mercado de franquias estava em alta e sempre tive vontade de empreender. Resolvi então implantar a primeira CódigoKid de Guarulhos. Percebi que a cidade era carente de educação tecnológica e sinto que foi um tiro certeiro. Em menos de um mês já estava com a minha escola aberta e funcionando. Meu plano é expandir e abrir outras unidades por aqui”, finaliza o dono na unidade de Guarulhos.

A CódigoKid oferece cursos de programação, robótica, game, Youtube, edição de vídeo e imagem, além de aplicativos e jogos como LOL e Minecraft. De acordo com a fundadora da rede, Raffaella Marchese, os alunos são orientados por professores capacitados por um time de especialistas em tecnologia. “As salas de aula são compostas por, no máximo, oito alunos. Eles aprendem de forma descontraída e dinâmica. O ambiente é 100% digital para potencializar o aprendizado”.