Empresas criadas para servir de ocupação para familiares geram renda para milhares de pessoas

Muitos negócios são idealizados de forma despretensiosa, para que parentes próximos como cônjuges, filhos, irmãos e até mesmo pais tenham uma atividade. Porém, alguns acabam obtendo sucesso acima do esperado e em pouco tempo se tornam o plano A de toda a família – e de muitas outras. Um bom planejamento, com a divisão clara de papéis de cada um dentro da empresa e processos de escolha baseados em competências técnicas são alguns dos passos fundamentais para se criar uma empresa familiar de sucesso.

O empresário português Paulo Alexandre, por exemplo, atuava como diretor comercial da multinacional da área cosmética L’Oreal e, por conta  disso, passava boa parte do tempo viajando. Na época, a esposa enfrentava dificuldades para ingressar no mercado de trabalho até que Alexandre teve a ideia de criar um negócio de fácil operação e que pudesse servir como fonte de renda e ocupação para ela. Assim, em 2003, foi aberta a primeira loja da Arranjos Express – especializada em customizações, ajustes e reparos de roupas e acessórios de têxtil lar que hoje está presente em diversas cidades de Portugal e do Brasil.

A primeira loja apresentou um sucesso de faturamento tão grande que, em dois meses, o casal começou a planejar a segunda unidade. Foi neste momento que Alexandre resolveu tomar uma decisão ousada, largar a segurança de um emprego como executivo em uma multinacional e passar a se dedicar a um negócio que estava nascendo. “Na época muitos amigos me disseram que eu estava louco, mas sempre tive certeza que aquela era a decisão correta. Hoje, alguns desses amigos se tornaram franqueados da Arranjos Express, conta Alexandre. Hoje, a Arranjos Express conta com 65 lojas em território brasileiro, espera fechar o ano de 2017 com faturamento de R$ 50,4 milhões e emprega aproximadamente 300 pessoas no país.

O fundador da Patroni, Rubens Augusto Junior, criou sua primeira pizzaria por um motivo bastante especial, auxiliar seu pai, Rubens Augusto, a curar a depressão. Augusto, então com 50 anos, se viu desempregado e, mais tarde, teve um infarto – causado pela tristeza profunda de ficar sem ofício. O negócio começou como um hobby e teve muito sucesso e um crescimento avassalador. Após alguns anos Augusto Júnior saiu de seu trabalho em uma empresa de energia elétrica onde ocupava uma posição executiva para cuidar do negócio criado para seu pai, algo que ele sempre almejou.

Atualmente, a Patroni possui 210 lojas por todo o Brasil e faturamento da ordem de R$ 360 milhões por ano. Augusto Júnior, que hoje está com 58 anos, está preparando dois de seus filhos para assumirem a direção da empresa. Ambos trabalham na Patroni e começaram de baixo, passando por várias funções para assim crescer profissionalmente e conhecer todos os departamentos e funções.

Já Guilherme Oliveira está à frente de uma franquia de sucesso da rede JAN-PRO – especializada na limpeza e conservação de ambientes comerciais – graças a seu pai, que decidiu investir em um negócio próprio pensando em deixá-la sob o comando do filho, atualmente com 23 anos e que na época estava desempregado e com dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho. A unidade foi aberta em maio desse ano e é a única representante da marca no Vale do Paraíba e vem apresentando taxas de crescimento expressivas. “Estou me formando em propaganda e marketing, mas gostei muito de empreender e tenho planos para aplicar os conhecimentos que estou adquirindo para que o nosso negócio possa crescer ainda mais”, conta Oliveira. A JAN-PRO está no Brasil há cinco anos e conta com 230 operações. Para este ano, a expectativa da franqueadora é atingir o faturamento de R$ 90 milhões.

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