Segunda melhor data do ano para o comércio, o Dia das Mães, comemorado no próximo 14 de maio, é aposta para alavancar as vendas no comércio varejista. O período gera um impacto positivo para a maioria (65,4%) das empresas do setor, em Belo Horizonte, em diversos segmentos, conforme pesquisa elaborada pela Fecomércio MG. Neste ano, o otimismo é reforçado pela melhora em indicadores econômicos relacionados ao consumo, como a inflação e as taxas de juros, a inadimplência em queda, a injeção de recursos do FGTS no mercado, além do tradicional apelo emocional da comemoração.
Apesar de ainda demonstrarem certa cautela, 46,5% dos consumidores da capital vão às lojas em busca de produtos para prestigiar as mães, mesmo que os mimos sejam de valor menor, na comparação com o ano passado. Para 72,4%, os presentes não ultrapassarão R$ 100, contra 67,7% que ficaram restritos a essa faixa de preço em 2016. “O principal motivo apontado por quem não pretende comprar é não ter a quem presentear (42,1%). No estudo anterior, esse percentual era bem menor, de 33,5%. Quando se consideram os fatores econômicos, o desemprego (20,7%) é o principal obstáculo”, pontua o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.
As promoções serão o grande atrativo para 65,1% dos entrevistados, seguidas pelos preços reduzidos (22,2%) e o atendimento diferenciado (19%), sendo que grande parte das pessoas (65,9%) deixará para escolher o artigo somente às vésperas da data. “Essa falta de planejamento – clientes indo às compras em cima da hora – pode ter um resultado positivo de aumento das vendas e do tíquete médio, uma vez que amplia a ocorrência de compras por impulso”, completa Almeida. Na sexta-feira, dia 12, por exemplo, acontece mais uma etapa de saques das contas inativa do FGTS, que podem estimular o consumo.
Esse é um dos aspectos que explicam o otimismo maior dos empresários, aliado ao valor afetivo da data, às ações de cada loja e à recuperação econômica, como revela o levantamento. Por isso, 77,6% deles estão confiantes em vendas melhores ou iguais às do ano passado. Em 2016, esse índice estava em 59,3%. Para melhorar o desempenho no período, 62,9% dos donos de estabelecimentos vão investir em promoções e liquidações, 16,5%, em propaganda, e 13,5%, no atendimento diferenciado.
Um dado inédito da pesquisa é a apuração de contratações temporárias: 6,2% das empresas afirmaram que vão reforçar o quadro de funcionários para o Dia das Mães. Os shoppings (38,5%) e as lojas de vizinhança (31,6%) receberão a maioria do público. Já a lista de produtos mais procurados pelos consumidores inclui roupas (35,7%), artigos de perfumaria (18,3%) e calçados (13,5%). Seguindo a linha adotada desde o ano passado, os clientes não pretendem assumir dívidas e optarão pelo pagamento à vista, no dinheiro ou cartão de débito (68%).