O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de Belo Horizonte apresentou um leve recuo em março, na comparação com fevereiro, registrando 102,1 pontos. No mês anterior, o indicador estava em 104,1, enquanto que, no mesmo período de 2017, o número apurado foi bem inferior: 88,5 pontos. A pesquisa é realizada mensalmente pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, com base nos dados coletados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
De acordo com o economista da Federação, Guilherme Almeida, a oscilação do indicador em alguns períodos do ano é natural e, apesar da queda, o índice se mantém na zona de satisfação desde outubro de 2017. “Esse movimento está diretamente ligado à recuperação econômica, em especial à retomada do consumo. No entanto, o cenário de incertezas no âmbito político, em função do ano eleitoral, faz com que o empresário tenha certo receio ao avaliar os investimentos para o futuro, o que impactou negativamente no índice de confiança”, esclarece.
Entre os três componentes do Icec, todos registraram retração em março. A principal foi no Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec), que passou de 90,7 para 87,5 pontos. O Iiec reflete as projeções para ampliação de estoques, do quadro de funcionários e concretização de planos de melhorias no negócio no curto prazo. Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec), que delimita as impressões em relação ao futuro, fechou o mês de março em 134,5 pontos, contra os 135,7 de fevereiro. O Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) recuou de 85,9 para 84,3.