O sonho de internacionalizar uma marca e exportar o seu produto para outros países está na mente de muitos empreendedores, podendo ser considerado o auge que uma empresa pode chegar.
De acordo com os dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), referente ao ano de 2021, 183 marcas brasileiras estavam presentes no exterior, tendo os Estados Unidos liderando a lista com 69 franquias.
A Solário Piscinas – rede com mais de 30 anos no mercado – passou a olhar com muito carinho esse movimento, sendo os Estados Unidos seu primeiro alvo. O país norte-americano é o primeiro no ranking mundial de piscinas, segundo a ANAPP (Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas), tendo o Brasil como o segundo colocado.
“Apesar de ser o maior mercado de piscinas do mundo, o setor de piscinas de fibra ainda é relativamente novo por lá, existindo um alto potencial de venda, visto por outras empresas que já atuam naquela localidade”, comenta o diretor executivo da Solário, Felipe Pirassolo Martinez.
Primeiro passo dado
A empresa de Piscinas com sede localizada em São José do Rio Preto/SP e com 61 unidades franqueadas, está em fase final no processo de importação, ajustando apenas qual será a empresa que irá realizar o transporte das piscinas do Brasil para os Estados Unidos.
“A nossa previsão é de que até o primeiro semestre de 2023 as piscinas já estejam sendo comercializadas no país. As vendas serão feitas por representantes da marca no local que já atuam na área de construção civil, tendo experiência no segmento”, explica Felipe.
Além disso, o diretor executivo explica que a comercialização das piscinas será através de um e-commerce, porém eles já estudam a possibilidade de uma loja física futuramente. “Diferentemente da nossa cultura em expor piscinas ao ar livre, essa prática é proibida em alguns estados americanos. Sendo liberada a exposição somente em galpões fechados, até pelas condições climáticas, como tempestades e furacões.”
Processo de venda
O processo de venda nos Estados Unidos funcionará da seguinte maneira: os representantes da Solário irão importar as piscinas ao país, após essa etapa eles vão comercializar para empresas do setor de casa, construção e lazer, para que estes vendam aos clientes finais.
“Eles terão o direito de uso da marca em todo o território americano. As vendas serão feitas por um e-commerce, e as piscinas poderão ser distribuídas por todo país. Para que isso seja mais viável, eles trabalharão com um estoque de piscinas, fazendo com que o tempo de venda e entrega seja menor”, salienta Martinez.
No início da operação, os representantes trabalharão com um estoque localizado na cidade de Gainesville, no estado da Flórida.
Investimento e faturamento
Todo o investimento feito para a exportação das piscinas aos EUA será por parte dos representantes. Eles terão que investir na criação do e-commerce, aluguel de um galpão – para funcionar como centro de distribuição – e na importação das piscinas.
“Estima-se que o custo total de importação para cada container gire em torno de R$ 150 mil, mas é claro que esse custo pode variar de acordo com o número de piscinas que forem enviadas”, completa Felipe.
Martinez detalha que a expectativa do faturamento que a Solário irá gerar é bem alta. “Nossa estimativa inicial é um faturamento de R$ 2 milhões no primeiro ano, com a exportação de um container por mês. Porém, podemos alcançar uma arrecadação total de R$ 4 milhões por ano em um período de até cinco anos.”
De olho em outros países
Os Estados Unidos foi o primeiro país a ser escolhido pela Solário pelo fato de ter um excelente mercado no ramo de piscinas e pelas negociações terem avançado de forma rápida, adiantando o processo. Porém, a franquia já vê com bons olhos a possibilidade de exportação para outros locais.
“Os países da américa latina, como Paraguai e Argentina também apresentam um grande potencial de vendas, tendo grandes possibilidades de serem os próximos a receberem nossas piscinas”, finaliza Felipe.