Em tempos de crise, conter gastos é lei e um dos primeiros segmentos a sentir o baque é o da publicidade, embora seja ela a responsável por manter a visibilidade da marca mesmo em dias mais turbulentos. Em mídias tradicionais como jornais e revistas, os anúncios são altos e, somado à pandemia que se estende há cerca de um ano, quando o recomendado é evitar sair de casa e o contato com outras pessoas, panfletar nas ruas ou investir em anúncios de outdoors perderam a força, além de ser proibido em algumas cidades. Mas, se a maré abaixa para alguns, para outros, pode subir, como aconteceu com o franqueado Gilsemir Pereira, da PremiaPão, rede especializada em venda de publicidade em sacos de pão, uma mídia bem mais acessível.
O faturamento da unidade a qual Pereira responde, localizada em Recife, chegou a R$ 140 mil nos cinco primeiros meses da pandemia, reflexo da persistência do empreendedor, que mostrou que o negócio -anúncios em sacos de pão- é mais do que uma ótima alternativa de se manter visível aos consumidores, mas também de estar numa mídia que entra na casa das pessoas de forma permissiva. O segredo foi apostar em parcerias que investissem em anúncios grandes, ou seja, que ocupasse toda a embalagem. “Acredito que o cenário econômico contribuiu para fecharmos campanhas maiores, pois as grandes empresas contam com uma verba para publicidade que é dividida para várias ações, como panfletagem, banners, entre outras. Com as restrições de circulação de pessoas nas ruas, os recursos foram direcionados para nossa mídia porque as padarias, que são consideradas essenciais, continuaram em plena atividade, mesmo nos meses de restrições impostas pelo governo local”, conta Pereira.
Franqueado da rede há quatro anos, ele conta que a venda de tantos anúncios em um curto período de tempo foi um recorde que ele não esperava bater nem em tempos pré-pandemia. “Tudo isso só foi possível graças ao apoio e agilidade da franqueadora que sempre colaborou para o cumprimento dos prazos, além de oferecer treinamentos e dar apoio nos momentos mais difíceis, flexibilizando pagamento de royalties, dentre outras facilidades que nos motivam a continuar buscando novos clientes e oportunidades”, conclui o microempresário.
“Os anúncios em mídias tradicionais são muito caros e quando são mais baratos precisam lidar com a concorrência, o que minimiza muito a efetividade da ação”, conclui o empresário Raphael Mattos, CEO da PremiaPão. Segundo ele, a criação da marca surgiu da necessidade de encontrar meios que sejam impactantes com bom custo benefício. “Formatamos o negócio para franquias, uma microfranquia do tipo home based, com investimento inicial acessível e retorno rápidos para os franqueados”, finaliza o executivo.