O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) de fevereiro fechou com queda real (já descontada a inflação) de 2,3%, em comparação com o mesmo período de 2016. O setor estima a continuidade do resultado negativo em março, mas em um patamar menor, com queda nas vendas de 1,1%. Já a previsão para abril e maio é de crescimento, sendo 3,9% e 3,1%, respectivamente, na comparação anual. Vale ressaltar a importância do IAV-IDV, que consegue antecipar de 30 a 40 dias a tendência de resultados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice, drogarias e perfumarias, apresentou queda de 2,6% nas vendas realizadas em fevereiro, na comparação anual. As projeções futuras sinalizam decrescimento de 4,6% em março e crescimento de 4,6% em abril e 1,21%, em maio.
O setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, apresentou, em fevereiro, queda de 2,0% na comparação anual. A expectativa para os próximos meses é positiva, sendo 5,6% em março, 2,4% em abril e 7,4% em maio, sempre em relação aos mesmos períodos do ano anterior.
O setor de bens duráveis teve queda em fevereiro de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A recuperação da confiança dos consumidores e a retomada do crédito continuam sendo os principais desafios para o segmento. A projeção dos associados para os próximos meses é de crescimento de 5,6% em março, 2,9% em abril e 6,3% em maio.
A inflação acumulada dos segmentos em 12 meses, em janeiro de 2017, segundo o IBGE, foi de 5,02% para a categoria de bens não duráveis, 3,3% para os semiduráveis e de 0,6% para os duráveis.
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