Após um ano de instabilidades política e econômica, a cidade de São Paulo completa 463 anos no próximo dia 25 de janeiro, demonstrando que não apenas manteve sua grandeza após o conturbado 2016, mas que seu protagonismo pode ajudar o País a retomar o rumo do crescimento. A capital paulista continua sendo o município mais importante do Brasil, com Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 628 bilhões, que representa cerca de 11% do PIB do País, segundo dados do IBGE de 2014. Se convertido pelo dólar médio referente ao ano de 2014 (R$ 2,34 para cada dólar, segundo o Banco Central), o PIB paulistano chega a magnitude de US$ 267 bilhões – se a capital paulista fosse um país estaria entre as 50 maiores economias do mundo, na 42ª posição, entre a Finlândia (US$ 273 bilhões) e o Chile (US$ 259 bilhões).
De acordo com um estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), comparando com as unidades federativas e regiões, o PIB da capital paulista é um terço do próprio Estado de São Paulo (R$ 1,85 tri) e 94% de todo o PIB do Estado do Rio de Janeiro (R$ 671 bilhões). São duas as regiões que somados os PIBs dos estados ficam abaixo do PIB paulistano: Centro-Oeste (R$ 543 bilhões) e Norte (R$ 308 bilhões).
São Paulo é uma cidade internacional, que acolhe várias comunidades de todo o mundo entre sua população total estimada em 12 milhões de habitantes. A comunidade estrangeira mais presente é a portuguesa com cerca de 100 mil pessoas, que vivem na cidade de modo permanente, conforme dados da Polícia Federal. Na sequência vem os bolivianos (53 mil) e japoneses (47 mil).
Varejo paulistano
A cidade também é conhecida pelo seu potencial comercial com ruas importantes que abastecem não só os lojistas da Capital, mas do País inteiro, no comércio popular nas ruas 25 de Março, José Paulino, Santa Ifigênia ou no segmento de luxo com a rua Oscar Freire. De acordo com as projeções da FecomercioSP, o varejo paulistano deve faturar R$ 181 bilhões em 2017, o que significa R$ 3,5 bilhões por semana, R$ 503 milhões por dia e R$ 5,8 mil por segundo.
Apesar do faturamento estimado ser equivalente ao do ano passado, o varejo encerrou mais postos de trabalhos do que contratou em 2016. De acordo com estimativas da FecomercioSP, o estoque de empregados no comércio varejista da capital paulista em 2016 foi de 646 mil, quase 16 mil a menos que no ano anterior. Porém, mesmo com a crise econômica que abalou o Brasil em todas as pontas do território, São Paulo com seu gigantismo econômico, cultural e social permitiu o enfrentamento desses anos críticos mantendo a sua relevância plena no cenário brasileiro.
Turismo na capital
O turismo na cidade de São Paulo se destaca ao receber por ano 15 milhões de visitantes, principalmente de negócios, uma vez que 75% têm como motivo principal a vinda para eventos e trabalho, conforme último anuário estatístico do setor elaborado pelo Observatório do Turismo/SPturis. A maior parcela dos turistas que se hospedam nos hotéis de São Paulo é de brasileiros (pouco mais de 80%) e vêm principalmente de cidades como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Já entre os cerca de 20% de estrangeiros, o principal turista é o americano seguido do argentino.
Apesar da forte vocação ao turismo, a capital paulista também sofreu com a crise econômica e sua rede hoteleira teve que reduzir o preço médio das diárias, o que foi preponderante para promover aumento de 5% na taxa de ocupação em novembro de 2016, na comparação anual, chegando a 70% no mês para uma média do ano de 62,7% – acima dos 61,4% registrados em 2015, quando foi a pior taxa desde 2009, segundo a SPTuris.
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