Dois em cada três jovens brasileiros planejam se tornar empreendedores nos próximos anos. É o que revela a nova pesquisa da FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), “Jovens Empresários Empreendedores”, que traz uma radiografia completa do perfil e do comportamento dos jovens empresários do Brasil e de mais sete países: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha, China, Índia e Rússia. Foram entrevistados 5.681 jovens profissionais, aproximadamente 600 entrevistas em cada país, sendo a metade deles já empreendedor, com idades que variam entre 25 e 35 anos.
Realização de um sonho (76,4%), qualidade de vida (75,6%), altos ganhos financeiros (70%), mercado promissor (66,1%) e não ter chefe (64,5%) são as principais motivações para empreender no Brasil. A pesquisa revela ainda que quase a metade dos jovens empresários (46,1%) brasileiros se sente plenamente realizado, uma característica mencionada por apenas 25,6% dos não empreendedores. Também integram o perfil dos novos empresários atitudes como valorizar a família (85,3%), ser otimista (69,8%), desejo de transformar o mundo (66,2%), participar de ações em prol do meio-ambiente (65,4%) e ser ligado à tecnologia (60,7%).
“Nosso objetivo foi entender o comportamento dos jovens empreendedores, como eles decidem abrir o próprio negócio, quais são os desafios empresariais e as principais semelhanças e diferenças com empresários de outros países. Os empreendedores são importantes agentes de mudanças sociais e a FIRJAN, como uma representante empresarial, quer criar ações diferenciadas para integrar esses jovens ao ambiente de negócios”, explica a presidente do Conselho Empresarial de Jovens Empresários da FIRJAN, Poliana Silva.
Para mais de 70% dos jovens brasileiros, tanto as pequenas cidades como as capitais oferecem um ambiente atraente para novos empreendimentos. Mas a percepção internacional é diferente. Jovens da China (67%) e da Índia (59%), por exemplo, acreditam que as metrópoles sejam o espaço ideal para o investimento de novos negócios.
Entre as opções menos citadas pelos jovens empresários para abrir o próprio negócio estão a falta de perspectiva no mercado de trabalho formal e a facilidade de seguir com o negócio da família. A maior parte dos empresários da nova geração (81,1%) montou sua empresa do zero contra 15,4% dos que herdaram ou compraram (3,2%) o negócio. “Esses resultados reforçam a ideia de que o empreendedorismo não é reflexo da falta de opções de vagas de emprego, mas sim de uma escolha consciente dos jovens, baseada em valores e aspirações pessoais”, explica o gerente de Pesquisa e Estatística da FIRJAN, Cesar Kayat Bedran.
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