Por Pablo Pereira
O país, que tem se tornado um dos favoritos dos brasileiros por permitir a realização de intercâmbios com estudo e trabalho, visa estimular o crescimento sustentável do setor de educação internacional, através da facilitação dos trâmites de solicitação de vistos para os estudantes com intenções genuínas de estudo temporário e da realização de filtragem de escolas e solicitantes que não se enquadram no padrão desejado pelo país.
Algumas mudanças podem afetar um pouco a vida do estudante que escolheu a Austrália como destino para seus estudos. Dentre elas está a exigência de conhecimentos em inglês, que antes não era obrigatório, e o aumento da renda disponível para comprovação. Contudo, mesmo com essas alterações, o país deve permanecer como um destino prioritário, uma vez que seu visto está entre os melhores do mundo, por reunir a possibilidade de estudo de longa duração, trabalho part-time e, caso se enquadre e tenha interesse, a migração para outro tipo de visto temporário ou permanente no país.
Se sua viagem já está marcada ou você tem a intenção de estudar na Austrália em breve, confira abaixo as principais mudanças anunciadas:
Extinção das subclasses – todos os vistos de estudos, antes divididos em oito subclasses diferenciadas pelo tipo de curso (ensino médio, ensino superior, cursos de idiomas e cursos vocacionais), serão parte de uma única classe, a 500. Para os estudantes que já possuem um visto válido de subclasse 570 a 576 permanecerão com o mesmo normalmente, migrando para a nova classe somente na próxima renovação.
Solicitações online – todos os protocolos de visto passarão a ser online, incluindo para os estudantes de cursos vocacionais e de estudos de idiomas, que antes eram realizados em papel. Mesmo com essa mudança, todos ainda serão avaliados pela Embaixada em Brasília.
Novos critérios de avaliação – passa a haver uma nova estrutura de risco único que se aplica a todos os estudantes internacionais e substitui os atuais níveis usados na avaliação. O risco é definido por uma combinação de fatores, o país de origem do estudante e a escola escolhida na Austrália. Todas as instituições educacionais serão avaliadas e pontuadas pelo governo australiano. Assim, os estudantes que forem aceitos pelas instituições que tiverem as melhores notas terão, a princípio, que demonstrar menos documentos comprobatórios de recursos financeiros e de proficiência em inglês. Nessa modalidade, os estudantes com menor risco passam a ter o processo facilitado necessitando de menos documentos comprovativos.
Comprovação de renda – como já comentei anteriormente, os valores para a comprovação de renda aumentaram em relação ao que era antes, mas também serão oferecidas novas alternativas para a comprovação. Os estudantes devem ter a capacidade de se manter com recursos próprios ou de parentes durante toda sua estadia no país. Isso significa que, mesmo tendo permissão para trabalhar, você terá que comprovar sua renda, uma vez que a jornada se limita a 40 horas a cada duas semanas e não tem como objetivo garantir sua sobrevivência, mas sim melhorar sua experiência cultural no país.
Com o novo método, embora o valor tenha aumentado, a imigração introduziu uma nova forma de comprovação, através do acesso à renda, que implica a evidência de disponibilidade a um valor anual superior a AUD 60.000,00. Nesse caso, são aceitos como suporte apenas documentos de pais ou cônjuges. Se não for viável comprovar esse acesso à renda anual, a opção permanece ser comprovar renda disponível suficiente. O valor que o estudante precisa comprovar possuir para resgate imediato em conta passará a ser AUD 1.652,50 por mês de estadia ou AUD 19.830,00 por ano.
Proficiência em inglês – sem dúvida, essa é a mudança de maior magnitude: a introdução da exigência de comprovação para nível de inglês. Estão isentos dessa medida os seguintes perfis:
· Estudantes de cursos de idiomas de qualquer duração, fulltime de high school, pesquisa e pós-graduação ou patrocinados pelo governo;
· Estudantes que completaram mais de cinco anos de estudo na Austrália, Canadá, Nova Zelândia, África do Sul ou Irlanda;
· Cidadãos ou portadores de passaportes do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia ou Irlanda e,
· Estudantes que já tenham completado um curso de inglês no nível Senior Secondary ou Certificate IVnos últimos dois anos antes de solicitar o visto.
Os demais, dependendo de em qual instituição de ensino australiana foram aceitos, deverão comprovar seu nível de inglês através de um teste oficial aceito pela imigração (IELTS ou TOEFL, por exemplo) realizado nos dois últimos anos.
Essas são as principais alterações divulgadas pelas fontes oficiais do governo australiano. Elas podem assustar um pouco, mas serão positivas. O principal propósito do país ao adotar tais regras é se tornar referência quando o assunto for ensino de excelência. Espero ter te ajudado a entender melhor como essas mudanças vão funcionar e não hesite em nos procurar caso ainda tenha alguma dúvida.
Pablo Pereira é gerente de produtos da Global Study, franquia de intercâmbios.
Sobre a Global Study:
A Global Study tem como missão democratizar o acesso ao intercâmbio, oferecendo vários destinos com pacotes que incluem passagem aérea, acomodação, escola e, às vezes, até um emprego no país de destino. Com operação desde 2007, a rede possui 13 agências no Brasil e parceria com as melhores escolas em mais de 14 países, entre eles Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Irlanda, Estados Unidos e Inglaterra. A franquia custa entre R$ 80 e R$ 100 mil.
Clique aqui e cadastre-se para receber informações exclusivas. É gratuito