Estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apontam que o comércio varejista brasileiro deve perder 10,5 bilhões de reais em 2017 devido aos feriados nacionais e pontes. Esse montante é 2% superior ao dado projetado em 2016, principalmente, pelo fato de que este ano haverá uma ponte a mais que no ano anterior e um destes feriados cairá em dia de semana. O feriado de 1º de maio, em 2016, foi celebrado no domingo e agora será na segunda-feira.
O setor de vestuário, tecidos e calçados deve perder cerca de R$ 1,1 bilhão com os feriados e pontes de 2017, crescimento de 23% em relação a 2016. Em termos de faturamento, o segmento de Outras Atividades perderá cerca de R$ 3,9 bilhões, 8% a menos que em 2016, sendo o único setor com variação negativa. É importante ressaltar que nesse grupo é preponderante o comércio de combustíveis, além de joias e relógios, artigos de papelaria, dentre outros.
Já os setores ligados aos bens essenciais devem participar com pouco menos que 45% do total da perda no próximo ano. Segundo as estimativas da Federação, o segmento de Supermercados deve registrar prejuízos perto de R$ 3 bilhões, 2% acima do calculado para 2016, enquanto o de farmácias e perfumarias, por sua vez, tende a registrar perda de R$ 1,6 bilhão, 7% superior a 2016.
Nos cálculos, a FecomercioSP desconsiderou os feriados estaduais e municipais que também prejudicam, em média, a atividade comercial. Na análise da Entidade, após dois anos de forte recessão econômica – com retrações de 3,8% em 2015 e 3,5% esperada para 2016 – o número excessivo de feriados e pontes deveria se revisto, a fim de contribuir no aumento da produtividade da economia.
Para os estabelecimentos que desejam abrir as portas nos feriados na tentativa de suavizar essas perdas, a Federação alerta para os custos adicionais (100% para trabalhos em feriados adicionados de cerca de 37% de encargos) para a empresa, o que pode inviabilizar essa opção. Para a FecomercioSP, em nome da modernização das relações trabalhistas, seria oportuno que essa questão fosse debatida, pois o excesso de proteção por meio dessa elevação de custos acaba prejudicando as empresas, que acabam optando por não abrir no feriado, como para os empregados, que reduzem seus rendimentos ao deixarem de obter as comissões sobre as vendas.
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