Mais do que nunca a sociedade vem se aliando às causas sustentáveis. De acordo com a pesquisa Akatu 2018, na qual analisa o panorama de consumo consciente no Brasil, em seis anos, o número de consumidores brasileiros que comprou produtos feitos com material reciclado saltou de 29% para 48%. Os que adquiriram alimentos orgânicos cresceu de 23% para 48%. Junto com o aumento da aceitação de produtos de origem sustentável, o número de novos consumidores foi o que mais teve crescimento: passou de 32% para 38%.
O tema é hoje defendido por diversos grupos, e não apenas apoiadores engajados com a causa, e isso, tem despertado o interesse e mudado todo o comportamento do mercado que vem apostando cada vez mais em serviços e produtos baseados nesse conceito.
Exemplo disso são as placas fotovoltaicas que produzem energia através do sol. Até então, esse era um produto visto como de difícil acesso e utilizado apenas por grandes indústrias. Atualmente, já não é mais assim. A cada dia aumenta a procura de empresas e pessoas dispostas a adquirir esse tipo de gerador de energia limpa. A economia facilmente identificada na conta, aliada com a sustentabilidade, é o grande engajador dessa procura.
Sustentabilidade promove mudanças de mercado
O Banneg, franquia especializada em soluções financeiras, está passando por uma grande revolução em seu mercado motivado justamente pelas placas solares. Em maio a empresa começou a oferecer uma opção para quem tem interesse em reduzir os gastos com energia elétrica, conectando toda a cadeia envolvida: cliente, linha de crédito, projeto, homologação e instalação.
Jefferson de Souza Pires, 25 anos, entrou para o empreendedorismo no fim de março desse ano. Ele comprou uma unidade da rede em sua cidade, Aripuanã (MT). Ao mesmo tempo em que se dedicava ao treinamento oferecido pela marca, a empresa lançava no mercado a solução energética. Assim que começou a tocar a unidade, de imediato começou a trabalhar com esse produto. Devido à grande saída desse serviço para as placas fotovoltaicas, com dois meses de atuação, ele já recuperou o dinheiro investido na franquia.
“É uma tendência. Mercados, hotéis, residências; todos estão buscando adotar essa medida. Já fiz grandes acordos e tenho muitos outros em processo de aprovação de crédito no banco. Diariamente visito potenciais clientes que querem saber mais sobre isso. Minha média de faturamento nesses dois meses foi de R$200 mil, mas acredito que no próximo, com a liberação dos acordos que tenho pendentes, eu vá atingir R$ uns R$500 mil”, conta animado o empresário.
Mirou no financiamento de carros, e acertou nas placas solares!
A grande demanda também tem acontecido no Rio Grande do Sul. Ângelo Azevedo Alburquerque, 35 anos, há menos de um mês se tornou um franqueado do Banneg. E entre o leque de serviços financeiros que oferece, a grande saída tem sido para as placas fotovoltaicas.
Ele conta que acreditava muito no potencial de vendas de financiamento para carros, mas a história por lá tem sido outra. “Recebi um pedido para esse produto, mas para as placas, já foram mais de seis acordos encaminhados (aguardando aprovação do banco). Um desses contratos me resultou em outra grande parceria. Um cliente do setor de indústrias me indicou para um amigo empresário do Estado de Piauí, e acabamos fechando negócio. Nesse primeiro mês eu devo fechar o faturamento bruto entre R$400 mil e R$500 mil. Estou vendo que os empresários por aqui tem buscado medidas sustentáveis por todos os lados, e esse é mais um. Aliás, um grande aliado”, comenta.
“Surpreso e contente”
O sol forte e o aumento da energia elétrica estipulada pela empresa responsável por essa área no Rio Branco (Acre), também vem incentivando a procura pelas placas. Gilciney Silva Nobre, 34 anos, conta que por lá a questão é novidade e, por isso, seu celular não para de tocar.
“Recebo muitas ligações de empresários, profissionais liberais e do público como um todo, interessado nesse produto. Por dia faço no mínimo umas quatro visitas. Eu sou franqueado há quase um ano, antes disso eu tinha uma boa saída para consignados, porém, hoje, o produto placas corresponde a 70% do meu faturamento. Fiquei muito surpreso e contente”, revela.
Gilceney vê a situação com bons olhos também, porque até então ele enfrentava uma grande concorrência em relação a empréstimos de consignados e outros financiamentos. Ele conta que naquela região, esses já são produtos saturados, e com a chegada dessa solução energética – que é nova por lá, e em todo Brasil – seu faturamento subiu significativamente. “Encontrei nesse caminho, um nicho a ser explorado. E a facilidade em adquirir o produto é extraordinária, isso vem deixando o empresariado por aqui muito feliz”, completa.
Mas, como funciona?
Com exposição direta ao sol, geralmente no telhados, o painel recebe a luz solar e produz energia. Essa energia é convertida em energia elétrica e fica disponível no “quadro de luz” para ser distribuída no local, podendo ser utilizada para TVs, computadores, lâmpadas, equipamentos elétricos, enfim, qualquer finalidade que precise de energia elétrica para funcionar.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), indica, que em média, painéis solares duram mais de 25 anos. Após esse prazo, o sistema continua funcionando e consegue gerar 80% de sua energia em relação ao primeiro ano de geração.
O produto oferecido pelo Banneg, cobre até 100% do custo do projeto (independentemente da quantidade de painéis) e pode ser pago à vista ou parcelado (12 a 60 meses) com juros de 0,9% a 2,7% ao mês.
Além de não poluir durante sua produção e utilização, a manutenção dos painéis é mínima e, o melhor, a conta de luz diminui bastante.
Campanha
Pelo fato de possuir tal desenvoltura em junção ao nicho ser pouco explorado e de tendência, o Banneg vem incentivando toda a sua rede com mais de 120 unidades franqueadas a trabalhar esse serviço em suas respectivas regiões. Uma campanha foi criada há poucos dias com essa finalidade e já está sendo um sucesso.
De acordo com o diretor comercial da empresa, Odair Bellentani, a unidade que tiver o maior número de projetos fechados e a operação que tiver a maior produção em valores, receberá uma premiação no valor de R$5 mil. A meta da rede é produzir R$600 mil em financiamento até o dia 30 de setembro, porém, se esse valor chegar a R$800 mil, o prêmio aumentará R$1 mil para os dois franqueados vencedores.
“Nosso objetivo é incentivar o franqueado a explorar o potencial dessa solução. O mercado está super aquecido e o produto sustentável e ecologicamente correto sendo muito aceito. Então estamos dando uma forcinha para a gente siga no mercado fazendo sucesso e nos posicionando como referência”, finaliza o diretor.
Segundo Bellentani, praticamente mais da metade dos nosso franqueados estão crescendo 20% em faturamento, o que reflete no crescimento da marca como um todo.