Shoppings têm aumento nas vendas pela primeira vez desde o início da pandemia

Pesquisa da Abrasce mostra que alta de 22,5% foi influenciada pela Black Friday

Evolução das vendas acumuladas em shopping centers. Fonte: ICVA

Os shopping centers do País registraram o primeiro resultado positivo de vendas desde o início da pandemia, como revela estudo feito pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Na semana de 23 a 29 de novembro, os empreendimentos tiveram crescimento de 22,5% nas vendas – considerando o ajuste de sazonalidade do carnaval – em relação ao período equivalente da fase pré-pandemia (última semana de fevereiro deste ano). Sem considerar os efeitos do carnaval, a alta seria ainda maior, de 32,5%. Em relação à semana equivalente do mês anterior, houve aumento de 52,8% nas vendas. Os dados são apurados em parceria com a Cielo e compõem o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que identifica as vendas do chamado “varejo total”, com separação por lojas de shopping center e rua.

“Este crescimento expressivo observado em todas as regiões do País foi fortemente influenciado pelas vendas da Black Friday”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce. O Norte do Brasil, primeira região a ter todos os shoppings reabertos, apresentou na semana de 23 a 29 de novembro o maior crescimento (77,8%), seguida por Centro-Oeste (45,7%); Nordeste (42%); Sul (23,6%) e Sudeste (9,3%). Considerando o desempenho das vendas nos shoppings no período de 02 de março a 29 de novembro, as perdas acumuladas totalizam 46,2%. No entanto, conforme gráfico a seguir, isso ainda demonstra uma recuperação gradual do setor neste ano.

Quando comparamos o setor de shopping centers com outros segmentos do varejo, verificamos que o único com desempenho positivo no mês de outubro em relação ao mesmo período de 2019 foi o de supermercados, com crescimento de 14,4%. Nas drogarias, a queda registrada foi de 1,7%. Setores como o turismo e transportes e bares e restaurantes continuam sendo os que têm apresentado as maiores perdas, de 51% e 26,4%, respectivamente. No setor de vestuário a queda foi de 13,5%, já em móveis, eletros e lojas de departamentos as perdas foram de 0,2% no mesmo período.