O perfil de quem investe em uma franquia é bastante diverso, mas em comum todos buscam a segurança oferecida por uma marca já consolidada no mercado. Além de quem procura uma segunda fonte de renda, dos que se aposentam e não querem ficar parados, há também aqueles que saíram do Brasil em busca de novas oportunidades de emprego e “um pé de meia” e, ao retornarem investem suas economias em uma ou várias unidades. É o caso de dois casais de descendentes de japoneses que se tornaram franqueados da Casa do Construtor. A trajetória deles se confunde com a de muitos empreendedores que, após anos de trabalho duro, juntaram dinheiro e conseguiram realizar o sonho de ter seu negócio próprio.
A história de Renata Cristina Yabuki, que mais tarde, viria se tornar a senhora Yonamine, esposa de Javier Yonamine se mostra ainda mais peculiar, pois cruza com a da marca em dois pontos. Moradora de Rio Claro, cidade onde nasceu a empresa, a sansei — como são chamados os netos dos japoneses que emigram para outros países — permaneceu no Japão por 22 anos entre idas e vindas para o Brasil. Ali, conheceu seu marido, argentino e também descendente. Ao se firmar definitivamente no Brasil, foi chamada para trabalhar na Casa do Construtor, onde teve uma ascensão surpreendente. “Comecei como atendente, no balcão e, em seis meses, já tinha o cargo de supervisora de loja”.
Nesta posição, permaneceu por quatro anos e teve a oportunidade de conhecer a fundo o funcionamento da empresa, observar sua solidez e a satisfação de outros franqueados com o negócio. Neste meio tempo, o marido continuava no Japão e, por conta da instabilidade econômica daquele país, tomaram a decisão de abrir uma unidade, já que sonhavam em abrir um negócio próprio. Além do que ouvia dos franqueados, ela recebeu outros estímulos de peso. “O senhor Expedito e a Mariana, filha dele, me deram total apoio para que eu deixasse de ser funcionária e me tornasse empreendedora. Queríamos algo no qual pudéssemos aplicar as economias de uma vida e tínhamos que fazer dar certo”. A cidade escolhida foi Itumbiara (GO) e a unidade foi aberta em 2013. E deu tão certo que, em 2022, eles pretendem abrir uma segunda unidade.
Família e amigos que empreendem unidos…
Quem se mostra satisfeita com os rumos e pretende abrir novas unidades é a filha de japoneses — os chamados nissei –, Carina Yumika Omori Suzaki, e seu marido, o sansei Paulo Katsuyuki Suzaki, ambos de Araçatuba. Amigos de infância, eles começaram a namorar no Japão e descobriram a Casa do Construtor por intermédio da irmã dela, Cristine. “Trabalhei no Japão por 6 anos e meu marido por 10. Fomos com a intenção de fazer um “pé de meia” e abrir algo que fosse nosso, no Brasil. Minha irmã, que também trabalhou no Japão, pesquisou bastante o ramo de franquias, descobriu a empresa, deu a ideia e nos tornamos sócios dela. Mais tarde, ficamos somente meu marido e eu”.
O negócio se mostrou tão vantajoso que, assim como a irmã, Cristine, Carina incentivou a família e amigos a também se tornarem franqueados da Casa do Construtor. “Os negócios têm ido bem e a temos sociedade com um irmão, que também esteve no Japão, em Presidente Prudente (SP). Outro irmão, também dekassegui, vendo que o negócio era lucrativo, abriu duas unidades em Londrina e uma Cambé, no Paraná. Meu primo é nosso sócio nas lojas de Cascavel — onde estamos abrindo uma segunda –, Toledo e em Cândido Rondon, ambas no Paraná. Também temos lojas em Penápolis e Andradina e uma, em Tupã, em sociedade com um amigo”. Vendo o sucesso deles, dois amigos que também trabalhavam no Japão também abriram unidades da marca. “Aqui é assim: sempre procuramos nos ajudar e trabalhamos duro para que o negócio prospere mais e mais”, comemora.