O mercado PET é o tema da pesquisa realizada pela SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. A entidade avaliou as preferências de consumo de produtos e serviços de quem possui animais de estimação em casa. Uma das principais constatações é de que 30,2% das pessoas de classe B tem algum tipo de animal de estimação, seguida pela classe C onde 23,6% tem um animal em casa. Quando a avaliação é feita por região, o Sudeste concentra o maior número de residências (51,2%) com bichos de estimação, seguido pelo Nordeste (24,4%). A pesquisa foi feita com o apoio da MeSeems, a partir de uma amostra de 500 respondentes, homens e mulheres acima de 18 anos, das classes A, B e C, em todo o País, segundo o critério Brasil ABEP 2015.
Os dados mostram ainda que quando recortada por gênero, a maioria das pessoas com animais domésticos é mulher (59%) contra 41% dos homens. Já na avaliação por estado civil, a liderança é pelos solteiros (65%), enquanto os casados respondem por 30%. Divorciados e Viúvos têm 4% e 1%, respectivamente. Outro número apurado é que a maior parte dos donos desses animais são pessoas sem filhos (74%). A preferência dos respondentes é por cães que são maioria (55%) entre os bichos, seguidos por gatos (21%), pássaros (11%), peixes (7%), roedores (3%) e outros (3%).
Na opinião de Eduardo Terra, presidente da SBVC, o estudo confirma algumas percepções. “O brasileiro considera o animal de estimação como um ‘membro da família’ e isso de reforça quando analisamos que a maioria das pessoas com bichos em casa é solteira ou não têm filhos”, analisa Terra.
A pesquisa mostrou que os gastos médios mensais com alimentação dos pets são modestos. De acordo com o levantamento 35,6% dos respondentes disseram gastar entre R$ 50 e R$ 100; 30,6% responderam ter uma despesa de até R$ 50. Somente 3,6% admitiram gastar mais de R$ 250 mensais.
Cuidados com higiene, beleza e acessórios também estão na lista de despesas. Entretanto, o investimento também é baixo. A maioria dos entrevistados (55,2%) diz gastar em média R$ 50 por mês com esses itens, 26,8% entre R$ 50 e R$ 100. Novamente as faixas mais elevadas de gastos têm presença limitada: 2,8% dos entrevistados afirmam gastar entre R$ 200 e R$ 250 com essas categorias. Somente 1% afirmou ter despesa acima de R$ 250.
Os números mostram também que o serviço mais utilizado no Pet Shop é o banho e tosa. Entretanto 27,6% dos donos de animais de estimação afirmam nunca leva-los a pet shops e 24% levam a cada um ou dois meses.
Outros números apurados pelo estudo são canais utilizados para compra de produtos, com predominância de lojas de bairro (63% do total) e tipo de produto consumido liderado por alimentação (90,6%).
“Apesar de faturar R$16 bilhões por ano, os números confirmam que o mercado brasileiro de produtos e serviços para animais de estimação possui um grande potencial de crescimento”, avalia o presidente da SBVC. De acordo com a análise do executivo, o fato de grande parte das pessoas que possui bichos em casa não ter o costume de comprar rações ou de levar os pets para banho e tosa figura como uma oportunidade. “Vemos com esses números grandes possibilidades de evolução para o segmento nos próximos anos a despeito do ambiente macroeconômico”, conclui.
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