A escolha do ponto comercial pode ser determinante para o sucesso do negócio. É necessário muita pesquisa para saber se o modelo de operação é ideal para aquele lugar em vista, analisando sempre quem são os potenciais clientes. Mas com tantos lugares oferecendo oportunidade para abrir uma loja como saber qual o ponto ideal?
Henrique Mol, diretor executivo da Acquazero, rede de franquias especializada em estética automotiva e limpeza ecológica, afirma que o ponto comercial representa 50% do sucesso do negócio, já a outra metade é pela gestão do empreendimento. “Já pensou em montar uma rede de franquias de serviços automotivos próximo a um terminal rodoviário? Claro que isso seria inviável para o negócio, pois se as pessoas andam de ônibus é porque elas não têm como usufruir de um automóvel”, afirma.
Mol salienta que antes de escolher o espaço é necessário analisar se o segmento que busca abrir é atraente para esse lugar. A ideia, segundo o empresário, é optar por pontos alternativos que acabam sendo altamente lucrativos, principalmente quando o assunto é franchising.
“As oportunidades para explorar novos locais diferentes dos tradicionais está mudando constantemente. Com a expansão do mercado de franquias as redes não estão mais concentradas nas principais ruas comerciais ou shopping centers, além ainda de poder oferecer um custo menor de operação e possuir baixa concorrência”, diz o empresário que reforça que um dos desafios para quem busca por esses pontos é se adaptar ao horário e movimentação que geralmente se diferencia de um ponto convencional, por exemplo. “Mas é claro, tudo é questão de adaptação”, salienta.
De acordo com dados apresentados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) a presença de franquias em pontos alternativos está crescendo. Em 2018 os supermercados concentraram 4% das unidades ativas no Brasil; condomínios comerciais e residenciais, clubes e universidades representaram 3% do total, enquanto que os terminais de transporte como aeroportos, estações de metrô e rodoviárias registraram 0,9% das franquias. Ainda segundo a Associação, as lojas de rua e shopping caíram na posição e foram de 66% das unidades para 65%, e de 23% para 21%, respectivamente.