Antes de se tornar empreendedor, Douglas Corrêa, de 31 anos, trabalhou por quatro anos em uma importante mineradora de Minas Gerais. Formado em Tecnologia de Automação, trabalhava no departamento de processos e engenharia de automação. Em 2016, o mineiro e sua esposa, Daniela Ferreira, sofreram um grave acidente de carro. Foi quando Corrêa decidiu repensar sua carreira. Dois anos depois, abandonou a indústria e foi empreender.
“No interior de Minas Gerais, não pensávamos muito no empreendedorismo. As pessoas queriam ir para a indústria”, diz. No entanto, apesar de trabalhar na mineradora, Corrêa sempre quis ter seu próprio negócio. A principal inspiração para ele se tornar empreendedor veio em um momento difícil de sua vida. No acidente que sofreu junto com sua esposa, o mineiro saiu ileso, mas Daniela ficou em estado crítico. Passou por muitas internações até chegar ao Hospital São Marcos, em Uberaba, Minas Gerais.
Em meio à correria dos exames, Corrêa percebeu um fator interessante: sua sogra, que já trabalhou como diarista, sempre elogiava a limpeza do hospital. “Vimos que o espaço não tinha cheiro de hospital. Não era só entregar limpeza, mas também conforto. Os equipamentos eram diferentes e eu notava uma metodologia de limpeza”, afirma o empreendedor. Mesmo passando por uma experiência ruim, ele se sentia seguro no ambiente, que prezava pela higienização.
Quando sua esposa teve alta, ele já estava estudando o mercado para investir em seu próprio negócio. Dois dos seus amigos tinham franquias da JAN-PRO, empresa especializada em serviços de limpeza comercial, e estavam fazendo sucesso. “Um dia, eu descobri que um franqueado da JAN-PRO fazia a limpeza do hospital em que minha esposa foi internada. Resolvi, assim, investir na marca”, diz.
A JAN-PRO aposta em tecnologia para reduzir custos e aumentar a eficiência da limpeza. A equipe do empreendedor, por exemplo, utiliza um aspirador de pó, semelhante a uma mochila, que consegue remover a maioria da sujeira do ambiente. “Nós melhoramos a qualidade do ar do ambiente que limpamos e pensamos na saúde dos nossos funcionários, disponibilizando de equipamentos ergonômicos que não prejudicam suas posturas durante a limpeza”, diz.
Com relação à redução de custos, o mineiro diz que a partir da tecnologia, a franquia consegue também diminuir o número de mão de obra dedicada à limpeza das empresas. Neste ano, Corrêa pretende virar um máster franqueado. Assim, ele teria o direito de subfranquear as unidades da JAN-PRO na região de Ribeirão Preto. Para 2019, o empreendedor projeta um faturamento de R$ 2 milhões. “Quando eu trabalhava na mineração, me incomodava muito não conseguir impactar e fazer a diferença na vida das pessoas diretamente. Hoje eu consigo empregá-las”, diz.