Em julho, o mercado de trabalho formal do setor de serviços no Estado de São Paulo parece ter consolidado o seu processo de recuperação ao criar 6.174 vínculos formais, resultado de 168.522 admissões e 162.348 desligamentos. No acumulado dos primeiros sete meses de 2017, foram gerados 49.155 empregos com carteira assinada, revertendo o cenário observado no mesmo período de 2016, quando o saldo era negativo em 41.832 vagas. Adicionalmente, nove dos 12 segmentos analisados mais admitiram do que desligaram funcionários nesse período. Nos últimos 12 meses, o desempenho ainda foi negativo, com o fechamento de 39.524 postos de trabalho. Com isso, o setor encerrou o mês com um estoque total de 7.343.271 trabalhadores formais, 0,5% inferior ao apurado no mesmo período de 2016.
Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Apesar do bom resultado mensal, na comparação anual, entre as 12 atividades pesquisadas apenas os serviços médicos, odontológicos e serviços sociais (2,3%) e de alojamento e alimentação (0,3%) apontaram alta no estoque de empregos com relação a julho de 2016. Já os destaques negativos ficaram por conta das atividades de transporte e armazenagem (-2,9%); artes, cultura e esportes (-1,6%); e financeiras e seguros (-1,4%).
No caso das ocupações, em julho, os profissionais alocados nos serviços administrativos lideraram a geração de vagas, com 1.857 novos empregos, seguidos pelos trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios, com a abertura de 1.689 vagas.
Segundo a FecomercioSP, o desempenho das atividades de educação e saúde foram determinantes para o bom desempenho do mercado de trabalho geral, mas, em julho, observou-se que a geração de vagas foi difundida entre todas as áreas. A assessoria econômica da Entidade destaca que, apesar de algumas atividades ainda registrarem saldo negativo de empregos, eles são cada vez menores, e isso indica um estancamento da eliminação de vagas.
Sabendo que os serviços são importante termômetro da atividade econômica em geral e permeiam diversos setores econômicos, essa evolução em 2017 é sinal claro da retomada gradativa da atividade econômica.
Capital paulista
O setor de serviços na cidade de São Paulo abriu 4.767 empregos formais no mês de julho, resultado de 76.508 admissões contra 71.741 desligamentos. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo foi negativo em 9.348 empregos, o que representa uma redução de 0,3% do estoque total de trabalhadores, que atingiu 3.487.523 empregados.
Somente duas das 12 atividades pesquisadas registraram saldo negativo no mês: educação (-299 vagas) – o setor passa por ajustes sazonais, por isso, fica no negativo – e administração pública (-88 vagas). Os maiores saldos foram registrados nos serviços médicos e odontológicos (1.803 vagas) e dos profissionais, científicos e técnicos com (1.097 vagas).
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços) analisa o nível de emprego do setor de serviços. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e 12 atividades: transporte e armazenagem; alojamento e alimentação; informação e comunicação; financeiras e de seguros; imobiliárias; profissionais, científicas e técnicas; administrativas e serviços complementares; administração pública, defesa e seguridade social; educação; médicos, odontológicos e serviços sociais; artes, cultura e esportes e outras atividades de serviços. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).