Em uma cidade em que há mais de um carro para cada duas pessoas, tirar a carta de motorista é um dos primeiros desejos dos jovens ao completar a maioridade em Aparecida de Goiânia (GO). Atenta a esse movimento, a empresária Lilian Moreira Peres abriu a primeira autoescola em 2004 e a segunda dez anos depois. Percebeu, então, que era preciso facilitar a cobrança dos clientes, principalmente dos que ainda não têm independência financeira. Foi quando apostou na fintech de meio de pagamento e parcelamento Sem Aperto e, em cinco meses, já dobrou o número de alunos.
Oferecer o parcelamento, segundo Lilian, é um diferencial que atrai clientela até mesmo de bairros e regiões não próximas. “Cerca de 90% das pessoas escolhe pagar na opção máxima, que é dez vezes”, contabiliza. Assim, os R$ 1.760 para tirar a carteira de habilitação nas categorias A e B ou, ainda, os R$ 1.060 para inclusão de outro tipo, são diluídos e ajudam a ter motoristas bem instruídos nas ruas e um faturamento satisfatório para a empresa.
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O goiano Vilmar Praxedes é o responsável por identificar negócios que precisam dos serviços da Sem Aperto na região. Com 28 clientes ativos desde março, ele procura ter um contato próximo aos clientes. “Cheguei a inaugurar um escritório para atendimento, mas percebi que era desnecessário. O comerciante não tem tempo para sair do estabelecimento, precisa que vá até ele e enxergue o potencial que, muitas vezes, ele mesmo não vê”, pondera.
Vindo do mercado de empréstimos e de seguro de vida e de autos, Praxedes acredita que é preciso ver de perto o funcionamento da empresa para entender as necessidades e oferecer as funcionalidades que se encaixam. “Sempre trabalhei direto com público e sei que é preciso olho no olho. O funcionamento da maquininha é muito fácil, você explica uma vez e pronto. Mas gosto de orientar, dar dicas para que a pessoa tenha sucesso, afinal, o êxito dela é, indiretamente, meu também”, diz.
A franquia Sem Aperto funciona em formato home-based e com investimento de R$ 15 mil, em que o franqueado é responsável pela venda dos produtos na área de operação. Praxedes aposta no setor de bens duráveis e de serviços com valor agregado, como autoescolas. Em Goiânia, com 1.225.097 veículos para os cerca de 1.516.113 habitante, o nicho se mostra promissor para o empreendedor, que pretende terminar 2020 com 100 clientes e expandir para Brasília e Anápolis.