Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros ocupados no primeiro trimestre deste ano somam 90,0 milhões de pessoas. Entre eles, os empregados domésticos representam uma fatia de 6,7%, com 6,1 milhões de pessoas, somando diaristas, profissionais com carteira assinada e as que trabalham na informalidade.
Uma das maiores classes de trabalhadores do país tem vivenciado uma série de transformações, a começar pela PEC das Domésticas, que há 5 anos garantiu direitos trabalhistas a empregados domésticos. Apesar de positiva, a PEC pode ter colaborado para a diminuição da existência de trabalhadores com carteira assinada, especialmente com a crise econômica enfrentada pelo país nos últimos anos. O IBGE aponta, por exemplo, que de dezembro de 2017 até maio deste ano, 233 mil domésticas ficaram sem emprego.
Mudanças impulsionam mercado
As mudanças no mercado, que se mostra cada vez mais amigável para a existência de serviços que facilitam a vida das pessoas, somada às mudanças legislativas e à crise econômica, têm impulsionado a expansão de franquias como a Maria Brasileira. Fundada há 5 anos, a rede é líder em seu setor, com 200 unidades, espalhadas por todos os estados. A expectativa é faturar R$60 milhões em 2018, realizando 50 mil atendimentos por mês, o que significará um crescimento de 15%.
Para o sócio fundador da franquia, Felipe Buranello, a expansão da Maria Brasileira acontece principalmente pelo fato de o mercado estar mais maduro. “As pessoas não querem usar seu tempo livre em tarefas domésticas. Assim, contratar a Maria Brasileira é prático, acessível e garantia de qualidade de vida,” afirma o empresário. “O negócio é muito vantajoso para os profissionais também, que têm mais facilidade em contar com uma semana cheia de trabalho.” Hoje, a rede conta com 20 mil trabalhadores domésticos e uma carteira de clientes fiéis, sendo que 40% das casas atendidas solicitam o serviço de limpeza, carro-chefe da marca, de maneira regular.
Ascensão social
Trabalhando para uma das franquias da Maria Brasileira há mais de um ano, Daiane Silva Pereira encontrou na empresa um meio de assumir despesas que antes não podia, pois trabalhava como faxineira autônoma. “Agora me sinto valorizada e confiante para dar novos passos na carreira. Tanto é que resolvi investir em um curso de enfermagem no período noturno,” afirma.
De acordo com Buranello, até o final do ano, o número de atendimentos da rede deve dobrar, o que promoverá mais oportunidades de emprego em todo o país. “Com o crescimento dos atendimentos e as inaugurações de novas unidades, as oportunidades devem crescer bastante”, afirma.