A retomada econômica mundial ainda é cautelosa em vários países por conta do Covid-19. No Brasil, diante do cenário de incertezas, abrir um negócio ou apostar em uma microfranquia neste momento, requer pesquisa e cautela. Especialistas estão otimistas, sinalizam para o aquecimento do mercado e apostam na recuperação.
O Kumon, microfranquia referência em educação, já está preparado para receber os alunos com segurança e evitar a contaminação pelo novo coronavírus após adaptações nas suas unidades. A rede prevê a abertura de 83 franquias, em todas as cinco regiões do país. A expectativa é inaugurar – 45 nos estados do Sudeste, 15 na região Sul, 10 no Nordeste, sete no Centro-oeste e seis novas no Norte. O objetivo da marca é seguir ampliando o negócio e disseminando o método de estudo para o maior número de alunos.
De acordo com Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de Serviços Educacionais foi um dos que conseguiram reduzir as perdas nos últimos meses. O movimento positivo se dá por conta da reabertura gradual da economia em alguns estados, a elevação das unidades em operação e o maior desenvolvimento das empresas para se adequar à nova realidade de consumo do brasileiro.
A associação também ressalta que o setor de microfranquias (franquias cuja investimento inicial é de até R$ 90 mil) está ganhando destaque e o aumento da procura nos últimos meses. Um levantamento realizado aponta que, atualmente, operam no país 562 redes com modelo de microfranquia, sendo 63% puras (apenas com este modelo) e 37% mistas (com os dois modelos).
De acordo com Julia Shiroiwa, gerente de expansão da rede, o principal foco sempre foi manter o atendimento e desenvolvimento dos alunos, mesmo durante o período de isolamento social. “Modificamos o atendimento presencial para o remoto com rapidez, de modo que os alunos continuassem estudando e se desenvolvendo pelo método Kumon. Eles passaram a estudar somente em casa e os orientadores (franqueados do Kumon) substituíram a rotina que era feita na unidade por atendimento online. Neste momento que ainda exige isolamento social e nem todos os alunos retornarão para as aulas presenciais, teremos um período mesclado entre atendimento presencial e remoto”, diz.
Os desafios da marca para manter os franqueados e continuar com a captação dos alunos exigiu investimentos em tecnologia e treinamentos para rede. “O esforço realizado por todos foi para garantir que as aulas não fossem interrompidas durante a pandemia, mesmo sem as crianças nas unidades”, ressalta Julia.
O Estudo no Lar, uma prática sempre reforçada e incentivada pelo método de estudo, agora, mais do que nunca, tem uma importância fundamental para o contínuo desenvolvimento dos alunos. Os franqueados enviam os materiais e entram em contato com os pais, conversam com a criança para tirar dúvidas e motivar para que as metas sejam batidas. Estudar em casa traz um grande benefício para o aluno. Além da criança potencializar as suas habilidades, ela se torna mais disciplinada e independente.
Com um modelo de negócio com investimento inicial de R$ 40 mil, o interessado na franquia não precisa ter experiência com educação, mas a rede exige formação universitária. “O principal é identificar-se com a área, ter conhecimento básico de matemática e português, e desejável de Inglês, vontade de trabalhar com o desenvolvimento de pessoas, facilidade em lidar com públicos diversos (de crianças pequenas a adultos) e identificação com a filosofia do método Kumon”, ressalta Julio Segala, diretor de marketing e operações do Kumon.