Jovem bancária larga carreira para se tonar empreendedora no segmento de beleza

Em busca de estabilidade financeira e emocional, Mileidy Moreira Chaves largou o emprego no maior banco da América Latina para administrar uma unidade da franquia MyLash Extensão de Cílios, na cidade do Rio de Janeiro

A busca pela autonomia no trabalho e independência financeira tem transformado a vida dos jovens nos dias atuais, que estão cada vez mais à procura de se tornarem empreendedores.

Recente pesquisa divulgada pela Globo mostrou que 24% dos jovens das classes A, B e C com até 30 anos de idade já são empreendedores, e ao menos 60% tem a intenção de ter o próprio negócio no futuro. Entre os principais pontos levantados pelos jovens em busca de empreender, a pesquisa revela que 67% querem ter um negócio para se tornar independente financeiramente; 39% para ter mais autonomia e não ter chefe; 33% ter tempo mais flexível, e 31% querem oferecer um produto/ serviço inovador.

O empreendedorismo tem se tornado uma porta de saída para muitos jovens. Com a falta de oportunidades no mercado e a exigência das empresas pela altíssima qualificação dos candidatos, a busca para tornar o próprio chefe vem aumentando.

Largou o emprego estável para empreender

A carioca Mileidy Moreira Chaves, de 27 anos, tem descoberto o sabor do empreendedorismo. Ela, que nunca se viu à frente de um negócio, resolveu mudar totalmente de vida após um episódio triste.

Mileidy começou a trabalhar aos 18 anos numa financeira no ramo de empréstimo consignado; aos 21, conseguiu uma bolsa de 100% para cursar a faculdade de administração e, no ano seguinte, conseguiu uma vaga de estagiária no maior banco da América Latina. Com o bom desempenho no trabalho, com seis meses foi efetivada no cargo.

Porém, após cinco anos exaustivos como bancária ela resolveu jogar tudo para o alto. “Após alguns anos trabalhando no banco sob pressão, fiquei doente e nesse momento percebi que aquilo não era mais pra mim. Sempre tive uma certeza, que se acaso eu precisasse tomar remédios pra conseguir trabalhar e dormir eu desistiria dessa carreira e assim aconteceu”, relembra a jovem.

Vaidosa, Mileidy conta que a área de beleza despertava sua atenção e sabia do potencial do mercado. “Após inúmeras pesquisas nesse setor, a franquia MyLash foi a que mais nos interessou, por ser uma marca consolidada no mercado, principalmente no Rio de Janeiro, além de ser referência entre as celebridades, e contar com uma equipe totalmente preparada e capacitada para auxiliar no suporte e condução da operação, já que não tínhamos experiência alguma nesse meio”, diz.

Mileidy, junto a seu esposo, Bruno Mendonça de Oliveira, de 30 anos, inauguraram recentemente uma unidade da MyLash no NorteShopping, um dos mais bem sucedidos shoppings do Brasil, localizado na zona norte do Rio de Janeiro.

“Chegou um momento da minha vida que senti a necessidade de ser dona do meu tempo, de não precisar acordar pra trabalhar por obrigação e sim por amor. Saber que estou à frente de um negócio que leva autoestima às mulheres, através da extensão de cílios, me impulsiona a sair de casa para trabalhar”, reforça a franqueada.

Mola propulsora

A jovem revela que não foi nada fácil sair do ramo financeiro e partir para a área de beleza, pois mesmo sendo uma mulher preocupada com a estética não tinha intimidade alguma com extensão de cílios. “Essa é a importância de estudar o negócio, conhecer todos os quesitos que a franqueadora tem a proporcionar ao franqueado. Só após avaliar o suporte da MyLash resolvi bater o martelo, e ela tem surpreendido minhas expectativas, desde o treinamento e orientações para gestão, até mesmo contar com a participação da Carina Arruda (CEO e co-founder da franquia). Quando você junta estabilidade emocional, com o prazer de trabalhar com o que gosta, e ainda poder somar tudo isso com um negócio lucrativo torna tudo mais leve”, finaliza.

Mileidy que investiu pouco mais de R$ 100 mil no empreendimento, entre gastos com taxa de franquia, obra, móveis e insumos busca faturar entre R$ 30 mil a R$ 50 mil por mês, e a jovem não descarta a possibilidade de abrir mais uma operação em outro canto da cidade. Segundo ela, tudo é questão de tempo!

Mercado fluminense

No estado do Rio de Janeiro o cenário aponta um crescimento de 55,3% no faturamento geral, com mais de R$ 3,9 bilhões de receita no segundo trimestre deste ano, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising). Bem superior à variação do ano passado, frente a 2019, quando teve uma queda de 39%. Já em número de unidades, o mercado fluminense expandiu 8,8%, totalizando 15.682 operações.

Ainda segundo a pesquisa, o setor fluminense gerou mais de 127 mil vagas diretas nos meses de abril, maio e junho. O resultado foi similar ao registrado no mesmo período do ano passado, mesmo com o cenário de fechamento parcial das unidades.

Já quando o assunto é número de unidade, o estado do Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, ficando atrás apenas de São Paulo. A maioria dos pontos atua nos mercados de Alimentação Food Service (23,2%), Serviços e Outros Negócios (18,4%) e Saúde, Beleza e Bem-Estar (16%), o que demonstra a diversidade e versatilidade do franchising fluminense.