Somando mil escolas em todo território nacional juntamente com a Ensina Mais Turma da Mônica, a Microlins e a Prepara Cursos passam a atuar como faculdades e escolas técnicas. Visando a expansão dos negócios, o Grupo MoveEdu, detentor das marcas, investiu em um planejamento para que tais empreendimentos passem a atuar como centros educacionais, oferecendo aulas de capacitação profissional e idiomas, além de cursos técnicos e mais de 40 opções de cursos de graduação e pós-graduação, nas áreas de Tecnologia, Gestão & Negócios e Educação, autorizados pelo MEC (Ministério da Educação). Assim, o aluno pode escolher se deseja investir na modalidade semipresencial ou de ensino a distância. Houve um investimento de R$ 12 milhões para essa movimentação que integra o DNA das redes, que exploram o conceito de educação continuada, visando atender às necessidades dos alunos, desde adolescentes, ao ingressarem no primeiro emprego e a construírem uma carreira de sucesso.
Apesar dos esforços, o Brasil ocupa a 53ª posição em educação entre 65 países avaliados pelo Pisa (Programme for International Student Assessment). Assim, ainda existem desafios consideráveis, como a presença de 731 mil crianças fora da escola, o analfabetismo funcional em 28% da população e a preocupante estatística de que 34% dos alunos do 5º ano não conseguem ler. Outros dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) evidenciam que, em relação ao nível de instrução, 53,2% das pessoas com 25 anos ou mais concluíram a educação básica obrigatória em 2022, enquanto apenas 19,2% possuíam nível superior completo. Os obstáculos persistem entre os que não concluíram a educação básica, com 6% sem instrução, 28% com ensino fundamental incompleto e 5% com ensino médio incompleto. Além disso, a questão de defasagem educacional também é um assunto urgente no tema. De acordo com o último levantamento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Brasil não atingiu a meta de média 6 em nenhum dos níveis educacionais, a partir dos parâmetros dos países desenvolvidos.
“Aproximadamente 18% dos jovens brasileiros, de 14 a 29 anos, não concluíram o ensino médio, representando quase 52 milhões de pessoas. As principais razões incluem a necessidade de trabalhar, destacada tanto por homens quanto por mulheres. Entre as mulheres, gravidez e falta de interesse também são fatores mencionados. Levando tais dados em consideração e fazendo uma análise do cenário educacional no Brasil, é nosso dever promover iniciativas que atendam as necessidades das classes C e D, em sua jornada de aprendizado, principalmente relacionada ao ensino profissionalizante, que contribui para o ingresso no mercado de trabalho e obtenção de renda. Mas analisamos que podemos oferecer ainda mais para a jornada acadêmica e de profissionalização de forma completa, por meio de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação em diferentes áreas para aqueles que buscam se especializar em diferentes posições”, revela o CEO do Grupo MoveEdu, Rogério Gabriel.
Com inscrições abertas para o vestibular, as Faculdades Microlins (FAMIC) e Faculdade Prepara (FAPRE) oferecem o formato semipresencial ou a distância, e optaram por integrar os canais online e offline por meio de uma plataforma inovadora, proporcionando uma experiência completa ao aluno. Durante o ano letivo, os estudantes terão acompanhamento de um tutor, que dará suporte à progressão do processo de ensino, formado por professores com mestrado e doutorado (82%). E por apresentar um sistema integrado, os alunos que já realizaram ou estão matriculados em cursos de capacitação profissional nas escolas de ambas as marcas, podem obter melhor aproveitamento em algumas matérias nos cursos das faculdades.
Ainda segundo Rogério, antes de lançar as faculdades, o grupo fez uma pesquisa com alunos e ex-alunos da Microlins e Prepara Cursos sobre o interesse em dar continuidade ao programa educacional. “O resultado mostrou que 85% dos jovens que já passaram pelas nossas escolas gostariam de cursar o ensino superior com a nossa chancela. Isso representa uma excelente oportunidade tanto para eles, quanto para os franqueados da rede”, ressalta.
O novo negócio possibilita que haja um aumento na geração de receita para os franqueados, além de ampliar a retenção dos estudantes dos cursos profissionalizantes, já que é possível oferecer novas possibilidades dentro da carteira e utilizando a mesma estrutura física que a escola, que é reconhecida em sua região, já possui. O Grupo MoveEdu já formou mais de 6 milhões de alunos em cursos livres, profissionalizantes e de idiomas. Hoje, atende anualmente mais de 500 mil estudantes por todo o Brasil, majoritariamente das classes C e D. Após a implantação deste projeto, a projeção é que o faturamento cresça nos próximos anos com a chegada dos cursos técnicos, de graduação e pós-graduação, fazendo a rede ir de R$ 600 milhões em 2023 para R$ 1 bilhão em quatro anos.