O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Belo Horizonte manteve, no primeiro trimestre de 2018, a trajetória de alta apurada nos últimos três meses do ano passado. Em março, o indicador apresentou a sexta elevação consecutiva, ao passar de 88,5 pontos para 89,4, o maior patamar desde março de 2015. No mesmo período de 2017, esse número era bem inferior: 79 pontos. A pesquisa foi realizada pela Fecomércio MG, com base em dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou 88 pontos, relativos ao ICF nacional.
A analista de pesquisa da Federação, Elisa Castro, avalia que o cenário econômico mais favorável desde o final de 2017 é percebido pelo consumidor e, consequentemente, estimula o crescimento das vendas no comércio. “O desempenho do ICF indica uma retomada lenta, mas constante, do otimismo. Os sinais de recuperação do mercado de trabalho e da renda, além do processo progressivo de recuo das taxas de juros e da inflação, impactam positivamente. Isso faz com que as famílias tenham mais disposição para comprar nos próximos meses, inclusive bens duráveis”, destaca.
Ainda assim, ela observa que o indicador segue abaixo do nível considerado de satisfação (100 pontos). No entanto, as boas perspectivas são reforçadas quando observados os sete itens que compõem o ICF. Destaque para os quatro que apresentaram expansão em março, na comparação com fevereiro: emprego atual, que passou de 110,2 pontos para 111,1; nível de consumo, que assumiu 66,6 pontos, contra 63,3 anteriores; perspectiva de consumo, que saiu de 95,8 para 102,7; e momento para duráveis, que subiu de 57,3 para 61,6 pontos. As quedas foram em perspectiva profissional (93,7), renda atual (104,4) e acesso ao crédito (85,5).