O Índice de Expansão do Comércio (IEC) – calculado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) – caiu 1,4%, ao passar de 101,5 pontos em fevereiro para 100,1 pontos em março. Apesar do recuo, a Entidade avalia que o ritmo de melhoria não foi quebrado e que este é um momento de ajuste de expectativa, depois de repetidas altas. Na comparação com o mesmo mês de 2017, o índice apresentou elevação de 22,7%, quando registrou 81,5 pontos.
Em relação à propensão a investir, o índice registrou 84,2 pontos em março, alta de 33,5% no comparativo com o mesmo período de 2017, quando apontou 63,1 pontos. Segundo a Entidade, se a economia se mantiver em recuperação esse ano, a tendência é de que esse indicador cresça significativamente, subindo mais 10 pontos porcentuais (p.p.) ou 20 p.p. em relação ao atual patamar.
A FecomercioSP ressalta a importância de se consolidar o IEC, principalmente no quesito investimento, cujo objetivo é garantir que o crescimento perdure em longo prazo, assegurando não apenas a recuperação do emprego, mas também sua perpetuação.
Em relação à expectativa de contratação, o índice teve aumento de 16% em relação a janeiro de 2017, ao passar de 100 para os atuais 115,9 pontos, o que também é um excelente sinal, apesar da queda de 1,4% no comparativo mensal.
De acordo com a Federação, os investimentos devem ganhar força ao longo do ano. Se não houver grandes surpresas ou mudanças de rumo da política econômica e suas perspectivas – salientando que este é um ano eleitoral –, essa deve ser a tônica que pode mudar de forma mais definitiva os rumos da economia ao fim de 2018.
Nota metodológica
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.