A inadimplência do consumidor obteve alta de 4,8% em outubro de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC, descontados efeitos sazonais. No entanto, no acumulado em 12 meses (entre novembro de 2015 e outubro de 2016 contra os 12 meses antecedentes) a inadimplência acelerou 0,6 p.p. (pontos percentuais) no mês, atingindo 2,2% no período. Na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior, outubro apresentou alta de 6,4%, enquanto no acumulado do ano houve elevação de 0,8% frente ao mesmo período do ano anterior.
Regionalmente, na análise acumulada em 12 meses, a maior elevação ocorreu no Norte (4,9%), seguida das regiões Nordeste (3,2%), Centro-Oeste (3,8%) e Sudeste (1,7%). Já a região Sul obteve pequeno aumento de 0,7%.
A cautela do consumidor, a fraca atividade econômica e a respectiva diminuição do endividamento das famílias têm agido de modo a compensar os fatores macroeconômicos que pressionam negativamente o orçamento das famílias, tais como inflação em patamares elevados, aumento do desemprego e diminuição da renda. Desta forma, o fluxo de inadimplência permanece praticamente estável, perspectiva que deverá ser mantida até meados de 2017.
Metodologia
O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista SCPC pelas empresas credoras. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau. Em virtude da Lei Estadual de São Paulo n° 15.659/2015, a partir de setembro de 2015 passou-se a usar como referência para este estado o número de cartas de notificação enviadas aos consumidores em vez dos números de débitos ativos na base do SCPC.
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