Happy participa de projeto “Cidadania em Jogo” voltado para crianças em situação de vulnerabilidade, em comunidade paulista

No distrito de Perus/SP, os alunos desenvolveram projetos a partir de metodologia ativa, que soluciona problemáticas da realidade em que vivem, com foco em cidadania e sustentabilidade

Conheça o jeito Happy de aprender e ensinar (Imagem Unsplash)

Com o objetivo de proporcionar uma experiência inclusiva e de desenvolvimento para crianças e jovens de 12 a 17 anos moradores do distrito de Perus, em São Paulo, nasce o projeto “Cidadania em Jogo”. A ação ocorreu do início de maio a 12 de outubro, abrangendo mais de 50 alunos. A Happy, maior hub educacional do país, foi a responsável pelos cursos para o desenvolvimento de aplicativos, games e arte digital com base em temas de cidadania e sustentabilidade para os participantes.

Os projetos foram aprovados e serão implementados em prol da região. A proposta foi de desenvolver em cada aluno habilidades e conhecimentos que ampliem suas possibilidades profissionais futuras. A rede prepara crianças e jovens para as profissões do futuro através de cursos na área da tecnologia (Happy Code), da educação financeira (Happy Money) e da comunicação/oratória (Happy Speech), aprimorando soft skills que envolvem o senso crítico, raciocínio lógico, criatividade, comunicação e outras habilidades.

“Como gestor da unidade Happy de Perdizes/SP e com a ajuda dos nossos professores, compartilhamos os cursos de programação de games 2D, animação 2D/3D e de aplicativos. Entregamos 36 horas de cada curso, em 5 meses, com uma carga de 3 horas por semana. A experiência foi extremamente rica com a tangibilização de um objetivo. Desde o início, buscamos que os alunos fossem engajados e motivados para encontrar as soluções aos desafios que vivenciavam na comunidade onde vivem. Uma experiência que me proporcionou muita felicidade com um projeto muito bem sucedido, onde foi perceptível entender que as dificuldades que eles têm são muito maiores, como: o não acesso à tecnologia e a situação de vulnerabilidade. Com a pandemia, achei que muitos tivessem acesso a notebooks, mas a realidade foi outra, nos deparamos a ter que ensiná-los desde a ligar o computador e ajustar a grade para que entregassem o que podiam naquela realidade. Vimos o quanto nos envolvermos nisso, foi valioso”, relatou Paulo Simões, franqueado da Happy de Perdizes, há 7 anos.

De acordo com o Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), entidade ligada ao CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil), um dos grandes desafios para a continuidade do ensino na pandemia foi a desigualdade de acesso a dispositivos e à internet. Os dados indicaram que, embora 83% dos domicílios tivessem acesso à Internet, quase metade destes não dispunham de computador em casa e 16% não tinham computador e nem Internet.

Para a Coordenadora Pedagógica do Hub Happy de Perdizes/SP, Luciene Tavares, o projeto envolveu muito mais do que a criação de games, desenvolvendo também as capacidades, habilidades e as competências de cada um, sendo possível mostrar o quanto nós acreditamos neles. “O fato de levar a Happy até lá e mostrar a eles que existe essa possibilidade mesmo para quem não possui poder aquisitivo foi extraordinário, especialmente para lidar com comportamento particular que nos mostrou que estes alunos eram super comprometidos, engajados e que viam como oportunidade ter acesso aos cursos. Enquanto estávamos lá, ensinando-os a parte técnica a partir da metodologia ativa com base na realidade de vida deles, muitos relataram os seus problemas, o que nos emocionou muito. Uma sensação que não tem preço”, contou Luciene.

Importante ressaltar que o “Cidadania em Jogo”, mais do que abordar sobre as técnicas de criação de jogos e/ou aplicativos, despertou neles o quanto vale a pena sonhar e ir em busca de um futuro melhor a partir da educação. Muito se faz necessário levar em consideração também as competências socioemocionais que, de acordo com a pesquisa do Instituto Ayrton Senna, 11,4% das crianças e adolescentes se sentem totalmente tristes e deprimidos; 69% sentem sintomas de depressão e ansiedade em níveis altos.

Com o propósito de promover educação, sabedoria e laços sociais, a Happy se envolveu com muita autenticidade, ao montar e treinar uma equipe de professores e disponibilizar os materiais para a ação. O projeto foi uma criação e realização da Holy Cow Criações viabilizada por meio do Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais da cidade de São Paulo, que contou com o patrocínio: da BRQ (Digital Solutions) e Domingues e Pinho Contadores; e Apoio da Agência Queixadas, Comunidade Quilombaque, e Happy.

Com este apoio e de outras empresas, as 4 turmas, com 15 alunos cada, criaram os projetos com excelência.

As aulas aconteceram na Agência Queixadas, onde cada envolvido teve uma parte especial na vida dos alunos e seus familiares. “Fiquei responsável pela recepção e na mediação entre os alunos e o projeto. Fizemos algumas ações em escolas para falar do projeto, convidar os alunos para esta oportunidade em aprender e praticar tecnologia na comunidade, participei das palestras da Bruna Santos, fazendo o contato com as escolas e introduzindo o espaço físico da Agência Queixadas que é um novo pólo cultural na comunidade, além de fazer a mediação entre professores e alunos”, explicou Raul Silva Costa, Coordenador da Agência Queixadas.

Esta é a segunda edição do “Cidadania em Jogo”, que foi muito rica em vários aspectos. “Vimos como os alunos criaram soluções para seu entorno através da arte digital, dos jogos e dos aplicativos e ouvimos deles e de seus pais o quanto os cursos contribuíram para o desenvolvimento de novas habilidades como: raciocínio lógico, organização e apresentação em público”, finalizou Érika Almenara, Sócia na Holy Cow Criações.

O projeto inspirou alunos e professores a proporem melhorias às questões e aos desafios do dia a dia em uma comunidade.