O Banco Central (BC) anunciou que a tarifa média de intercâmbio dos cartões de débito será limitada a 0,5% do valor da transação, enquanto o percentual máximo para cada operação não deverá ultrapassar 0,8%. Essa taxa é paga pelo credenciador do estabelecimento comercial (máquinas, como Cielo) ao emissor do cartão (instituições financeiras). Por isso, o percentual de intercâmbio influencia diretamente no preço cobrado pela loja (taxa de desconto).
A medida entra em vigor a partir de 1º de outubro, com o objetivo de deixar o cartão de débito mais competitivo em relação a outros meios de pagamento, como dinheiro, transferências eletrônicas e cartão de crédito. Nesse sentido, o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, avalia que a iniciativa é benéfica. “Hoje, a taxa média de intercâmbio é de 0,82%. Então, baratear a utilização de um meio de pagamento mais seguro e eficiente é importante para gerar mais interesse por ele”, argumenta.
Almeida observa, no entanto, que a tarifa de intercâmbio é apenas um dos componentes da taxa de desconto, e o limite anunciado não é garantia de preços mais baixos para o consumidor. “O impacto esperado pelo BC só será sentido na ponta se – e somente se – as credenciadoras, de fato, repassarem a redução da taxa aos empresários”, conclui o economista.
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