A procura por pacotes de intercâmbios que combinam estudo e uma experiência profissional no exterior cresceu no Brasil e só fica atrás dos cursos focados no aprimoramento da língua, conforme pesquisa divulgada, em abril deste ano, pela Belta (Associação de Intercâmbio).
Países de língua inglesa como a Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, Arábia Saudita e Malta são os destinos que permitem que brasileiros estudem no exterior com a permissão de trabalho temporário. A duração varia de acordo com cada destino.
“Esse aumento na demanda só mostra o quanto o brasileiro está preocupado em investir numa educação internacional. A possibilidade de estudar e trabalhar em outro país gera amadurecimento pessoal, profissional e agrega valor ao currículo no mercado de trabalho”, explica o diretor da IE Intercâmbio Marcelo Melo.
Como funciona?
A vaga de emprego poderá ser em lojas de departamentos, cafés, restaurantes, hotéis e estabelecimentos onde ele desenvolverá um trabalho temporário. É preciso ser flexível com as posições das funções e ter disposição para aprender.
Nas primeiras semanas do intercâmbio os alunos ficam em casa de família ou residência compartilhada. E durante esse período de adaptação (2 a 4 semanas), os estudantes buscam uma nova acomodação para dividir com outros intercambistas nos meses seguintes.
Segundo Melo, esse tipo de intercâmbio costuma ser mais comum para recém-graduados ou jovens profissionais que querem se aprofundar em uma nova cultura. “O principal foco é o aprimoramento do idioma. Mas, o emprego temporário é visto por muitos como uma ajuda de custo para aproveitar ao máximo a vivência no destino escolhido”, ressalta.
Aberto à mudanças
É de grande importância que o participante do programa de estudo e trabalho viaje com a mente aberta e esteja ciente das mudanças que viverá. Assim como cultura, hábitos, alimentação e clima, sendo estes fatores importantes para o sucesso da experiência.
Para a mestre em administração de empresas, Ingrid Barreto, fazer intercâmbio torna o currículo mais atrativo. “Se estamos diante de uma entrevista na etapa final, aquele com uma vivência em outro país, entrará certamente. Pois, desperta maturidade e a necessidade de estabelecermos networking, característica diferenciada dos profissionais de hoje”, finalizou.