Estratégias para atrair e fidelizar clientes ajudam a manter competitividade no setor de bares e restaurantes

Mais de 140 mil negócios do segmento de alimentação foram abertos de janeiro a junho deste ano; saiba o que bares e restaurantes de sucesso fazem para se destacar

Bruno Gorodicht, diretor de novos negócios do Grupo Impettus Rafael Jorge

O plano de abrir um negócio na área de alimentação saiu do papel para muitos brasileiros em 2023. Somente nos primeiros seis meses do ano, foram abertos mais de 140 mil empreendimentos entre bares, restaurantes, lanchonetes e food trucks, segundo o Indicador de Nascimento de Empresas do Serasa Experian, divulgado em outubro de 2023.

Outra pesquisa do setor revelou as preferências do público de bares e restaurantes. O levantamento feito pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em parceria com o Sebrae, com mais de 6 mil pessoas em todas as regiões do país, apontou que 93% dos que optam por consumir uma refeição feita fora de casa, preferem comer no próprio estabelecimento, ou seja, mesmo com o crescimento do delivery, sair para comer em lugar diferente ainda está no gosto do público.

Segundo o estudo, o maior motivador da ida a bares e restaurantes são as celebrações/festas, que foi indicada por 76,6% dos participantes, seguido por desfrutar de momentos de convívio e diversão com amigos (76,3%). Os dados são potenciais para definir ou redefinir estratégias, de acordo com Bruno Gorodicht, diretor de novos negócios do Grupo Impettus, holding que detém mais de 90 bares e botecos espalhados em cinco estados brasileiros.

“Conhecer o perfil do público, o que ele gosta e consome é essencial antes mesmo de abrir o negócio. Ter essa persona bem definida é o primeiro passo para planejar aonde quer chegar”, explica. Segundo o executivo, a primeira marca do grupo, a rede Espetto Carioca, especializada em espetinhos gourmet, que hoje conta com mais de 55 unidades pelo país, desde o início foca em um ambiente mais sofisticado, pensando no público que investe em um ticket médio mais alto em busca de um espaço diferenciado e experiências gastronômicas. “Precisamos garantir que os preços da casa coincidam com o poder de consumo do público, por isso é importante muito estudo de mercado e, se possível, contar com o apoio de uma consultoria especializada”, enfatiza.

Já a estratégia por trás do Mané, boteco metido a chique, que também pertence ao grupo Impettus, é manter a essência para o qual foi criado, mas com toque de alta gastronomia. “Nós não tivemos receio de transformar o tradicional boteco de bairro em uma rede de boteco diferenciado. Nosso objetivo é proporcionar aos clientes experiências gastronômicas únicas por meio de um ambiente despojado, gourmet e sofisticado, mas sem perder a cultura de boteco”, explica Daniel Bittencourt, embaixador da marca e de novos negócios. Para se destacar no mercado o Mané aposta em produtos autorais, alguns deles, como a batida, podem ser comprados para levar para casa. Além disso, a casa conta com finalização de pratos na mesa do cliente – o que não é comum em botecos tradicionais.

Outros atrativos que o grupo investe em seus mais de 90 bares e botecos são eventos, confraternizações, música ao vivo e espaço kids. “Como a pesquisa da Abrasel mostrou, as pessoas procuram locais para celebrar e se divertir com os amigos. Se antecipar com soluções que vão ao encontro desse perfil é essencial para sair na frente e ganhar a fidelidade dos clientes”, finaliza