A confiança do pequeno e médio empresário no país, em relação ao quarto trimestre deste ano, registrou 55,1 pontos, uma queda de 3,9% na comparação com os 57,4 pontos verificados no terceiro trimestre de 2015. Foi o menor valor da série histórica do Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN), elaborado desde 2008 pelo Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper, com apoio do Santander.
“Após registrar uma queda moderada no terceiro trimestre, o IC-PMN apresenta um forte recuo no quarto trimestre refletindo, na nossa visão, o aumento do grau de incerteza no cenário nacional”, afirma o professor e pesquisador do Insper, Gino Olivares.
Todas as variáveis avaliadas pela pesquisa apresentaram desaceleração ante o trimestre anterior, sem exceção. A perspectiva do faturamento e do lucro foram as que mais contribuíram para a queda do índice, apresentando uma diminuição de 5,83% (65,1 para 61,3) e 6,34% (62,8 para 58,8), respectivamente.
Por setores (comércio, indústria e serviços), o IC-PMN novamente apresenta queda em todos os casos. Apesar do recuo no índice da indústria ter sido pequeno – apenas 0,31% – serviços e comércio apresentam uma retração de 9,0% e 2,24%, respectivamente, quando comparados ao trimestre anterior.
A análise regional mostra que o Centro Oeste (-0,36%), o Norte (-0,05%) e o Sul (-0,54%) permaneceram relativamente estáveis. O Nordeste recuou de 57,9 para 57,0, uma diminuição de 1,51%. O Sudeste, por sua vez, apresentou queda de 7,21%, muito maior do que todas as demais regiões.
Os dados do IC-PMN foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 1280 pequenos e médios empresários de todo o país, dos setores da indústria, comércio e serviços. A margem de erro do índice é de 1,4% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
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