Realizar lançamentos no mercado, melhorar processos internos, estruturar o marketing e capacitar funcionários. Os investimentos em inovação são capazes de gerar vantagens competitivas para as empresas, em médio e longo prazo. Eles permitem, por exemplo, a aquisição de novos conhecimentos, o acesso a diferentes mercados, a ampliação das receitas, a promoção de parcerias e a expansão do valor da marca. Nos últimos 12 meses, os empresários do comércio varejista de Belo Horizonte passaram a perceber melhor essas vantagens e a investir mais em ações nesse sentido.
De acordo com a pesquisa Inovação, elaborada pela Fecomércio MG, a taxa de estabelecimentos que tiveram alguma ação considerada inovadora saltou de 42,1%, em 2016, primeiro ano do levantamento, para os atuais 67,9%. Além disso, a maioria dos empresários (64,5%) pretende fazer algo inovador nos próximos 12 meses, contra os 55,3% que tinham essa intenção na análise anterior. “A inovação é um fator-chave para melhorar a competitividade, sobretudo em um ambiente tão pulverizado como o varejo e em períodos de crise. Nesses momentos, é preciso sair da zona de conforto e se diferenciar”, observa o economista da Federação, Guilherme Almeida.
As principais iniciativas inovadoras foram relacionadas ao lançamento de algum produto ou serviço inteiramente novo ou com melhoria relevante (51,6%). Outros 42% focaram em mudanças estruturais ou de marketing, enquanto 29,2% em aprimoramento dos processos. No ano passado, esses percentuais eram de 32,4%, 26,1% e 16,1%, respectivamente. “Houve uma evolução significativa em todos os três quesitos, o que é muito importante. Nos últimos 12 meses, o empresário melhorou tanto a percepção sobre os aspectos que envolvem o conceito de inovação quanto a forma de trabalhá-los”, argumenta o economista.
Justificativas para expandir essas ações não faltam. O estudo da Fecomércio MG comprova que a inovação nas lojas aumentou a satisfação dos clientes (82,2%), melhorou a imagem da organização (73,3%), ampliou a participação no mercado (63,3%) e a produtividade dos funcionários (61%), entre outras vantagens. Além disso, 55% dos entrevistados alegaram que as iniciativas implementadas refletiram positivamente no faturamento, em maior ou menor nível. Todavia, cerca de 40% daqueles que ainda não inovam alegam que o alto custo seria o grande complicador.
Em relação ao perfil das empresas inovadoras, destacam-se aquelas com mais de nove funcionários e o grupo com até dois anos de mercado. Por segmentos, lideram a lista: Livros, jornais, revistas e papelaria – 93,3% das empresas do segmento realizaram algum investimento em inovação; Equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação (77,8%); e Tecidos, vestuário e calçados (77,1%).
Acesse a íntegra da Pesquisa Inovação – Varejo de Belo Horizonte, no site da Fecomércio MG