Covid-19 – Crise no setor imobiliário aumenta procura por coworking

Diminuição de custos, necessidade de um endereço comercial ou networking. Os motivos são diversos e apontam um crescimento constante do mercado de coworking no Brasil entre empresas e profissionais autônomos, desde o ano de 2011, quando os primeiros espaços começaram a surgir. De lá pra cá são mais de 1.497 espaços, espalhados pelo Brasil, com exceção de Roraima, segundo levantamento mais recente do Censo Coworking Brasil 2019 onde São Paulo assume a dianteira com cerca de 388 modelos de escritórios compartilhados.

Durante o confinamento, provocado pelo surto do coronavírus, grande parte das empresas adotaram o trabalho remoto. O sucesso de alguns setores do mercado que conseguiram manter o desempenho ou até mesmo otimizar a produção, através do trabalho home office, aliado a instabilidade de uma nova onda da pandemia, fizeram muitas companhias devolverem seus imóveis comerciais adotando o trabalho à distância como alternativa até o final do ano.

Esse movimento impacta diretamente no setor imobiliário, um dos mais atingidos pela pandemia, provocando renegociações de aluguéis, menos lançamentos e quase um congelamento na aquisição de imóveis. A crise no setor, que já não é de agora, potencializa a procura por espaços compartilhados como uma alternativa mais viável para empresas e autônomos, especialmente do setor da saúde, que necessitam de um espaço para atuarem.

“Percebemos uma procura bastante significativa, já que o setor não parou em nenhum momento, inclusive, teremos a inauguração de nossa quarta unidade na próxima semana em São Bernardo do Campo. Um dos atrativos do nosso negócio é que o profissional precisa apenas de seus equipamentos para iniciar, além de oferecermos a possibilidade para transitar entre as unidades franqueadas realizando as consultas conforme sua agenda“, aponta Cássia Buratto, fundadora da Buratto Consultórios, coworking especializado para profissionais da saúde.

Farmacêutica, especialista em Acupuntura pela WFAS (Federação Mundial de Acupuntura), Cássia teve a ideia, em 2015, ao comprar um imóvel na cidade de Santo André, grande demais para sua necessidade. Neste momento resolveu dividi-lo em três consultórios, mobiliados, para fracionar os custos e para auxiliar quem tivesse a mesma dificuldade encontrada pela executiva. Com dois modelos de negócios (a partir de 3 consultórios e a partir de 8 consultórios) os espaços contam com salas de aproximadamente 3m² a 4m² e oferecem:

  • · Infraestrutura completa para a realização dos atendimentos
  • · Higienização das salas
  • · Sistema próprio para prontuário, agendamento, controle financeiro e telemedicina, sem custo extra
  • · Portas abertas para agendamento em qualquer unidade franqueada da rede
  • · Utilização do espaço por hora