O desemprego e a alta da inflação registrados em 2015 alteraram o consumo do brasileiro. Para driblar o cenário de incertezas, a população diminuiu sua frequência de idas aos pontos de venda e recorreu para as trocas entre as categorias como forma de racionalizar as compras dentro do lar. As medidas foram tomadas, sobretudo, para garantir no carrinho do supermercado itens conquistados durante o período de bonança da economia. Dados da Kantar Worldpanel mostram que durante o ano passado, as vendas no varejo registraram queda de – 4,3%.
A frequência de compra anual diminuiu em todas as regiões, notadamente no Grande Rio de Janeiro e na Grande São Paulo, que deixaram de fazer seis visitas aos pontos de venda.
Afetando a todos, a crise fez com que a classe AB reduzisse seus gastos, consumindo –6% unidades e retraindo -5% em gastos no período. A classe B2, também sentiu o impacto e reduziu -2% unidades e -1% em gastos, seguindo para a classe C1 (-2% e -1%, respectivamente), C2 (-1% e +2%) e DE (+1 e +3%).
Diante da necessidade de planejamento nas compras, o atacarejo foi o único canal que registrou crescimento no ano passado, com aumento de 26% nas unidades vendidas e 32% de valor. As compras de abastecimento, tão comuns há alguns anos, retornaram à rotina da população, ocorrendo principalmente aos sábados.
Como forma de reduzir os gastos, os brasileiros deixaram de ir a restaurantes e passaram a consumir algumas categorias dentro do lar. Neste cenário, cresceu a oferta de promoções em todas as cestas.
Mesmo com a forte racionalização, alguns segmentos tiveram crescimento e se destacam em praticidade e “smart choices” – “escolhas inteligentes”. As categorias em destaque são presuntaria, linguiças e hambúrgueres.
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