Como construí a maior fábrica de piscinas de PRFV do mundo

Na adolescência e cursando a faculdade de Administração, iniciei como auxiliar de escritório numa empresa familiar do ramo de piscinas de pequeno porte e em estado falimentar (venda anual de cerca de 700 piscinas). Naquela época, eu não tinha grandes idealismos ou aspirações, tampouco tinha decidido o que fazer da vida. Era um simples menino de classe média, sem muitas perspectivas ou ambições e saído há pouco do sonho do esporte.

Em menos de um ano, tomei gosto pelo trabalho e iniciei uma grande transformação na vida, me dedicando em tempo integral nesta verdadeira paixão que desenvolvi pelo mundo dos negócios. Aos 19 anos, após um acidente de automóvel sofrido por meu pai, fiquei por mais de seis meses como diretor geral da empresa, passando essa por uma transformação tão grande que meu pai declinou da direção e assumi em definitivo o comando da empresa.

Após aproximadamente cinco anos e em meio a um verdadeiro caos econômico no País (1983-1988), consegui finalmente me livrar das dívidas e experimentar um crescimento rápido e bem estruturado. Ao deixar a empresa em 1993, esta era monopolista na Região Sul, líder no mercado brasileiro e com algumas ações externas. Vendíamos mais de 3.000 piscinas/ano em uma rede de revendedores exclusivos (pré-franchising que iniciamos em 1984).

Tive também maus momentos, em meio a este que considero grande sucesso, pois foi um movimento empresarial grande, inovador e pode-se dizer mundial para a época no ramo de piscinas. Nesse período, investimos no ramo de calçados em uma empresa também debilitada, onde lutei por saneá-la por cerca de três anos sem sucesso e a mesma acabou falindo em 1991.

Por motivos de divergências sobre o futuro na condução dos negócios, (no caso, eu pretendia abrir a sociedade no intuito de crescer ainda mais e diante da negativa dos majoritários que eram meus pais), resolvi sair da empresa em janeiro 1994.

Em 1995, por insistência de alguns ex-clientes, elaborei um plano para iniciarmos uma nova fábrica de piscinas, onde eu seria apenas um gestor e depois de receber determinado valor, lhes entregaria o negócio e seguiria minha vida. ‘Proposta curiosa’, mas pelo momento que eu vivia e o valor envolvido, me pareceu a proposta mais adequada para fazer aos investidores. Ademais, eu não estava disposto a me ligar por completo em nenhum negócio. Passados cerca de três anos e assim que recebi meus proventos, ao me despedir fui surpreendido pela proposta de ser presenteado com uma cota da sociedade. A partir de então, já como sócio e principal executivo da empresa, temos tido um avanço considerável e contínuo, o que possibilitou sermos hoje a maior vendedora de piscinas do mundo, com uma diferença brutal em relação ao concorrente mais próximo.

Os planos para o futuro são grandes. Passam pela consolidação no mercado nacional como marca que atende o mercado de consumo de produtos de manutenção de piscinas, por meio da iGUi TRATABEM, além da ampliação de nosso atendimento tradicional da classe média para as classes A e C-D. Temos ainda na “mira” o mercado internacional, que vem avançando rapidamente.

A iGUi hoje está presente em mais de 40 países, nos cinco continentes, com mais de 800 franquias, fabricando e comercializando até 20 mil piscinas por ano apenas no Brasil. Além disso, empregamos diretamente mais de 5.000 pessoas