Com defasagem no ensino, brasileiros vêem nas escolas de idiomas a chance de se tornar bilíngue

Levantamento realizado pela OCDE avaliou 79 países e revelou que Brasil é o sexto país que menos estuda línguas estrangeiras nas escolas

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O Brasil é o sexto país que menos estuda línguas estrangeiras se comparado com outras 79 nações analisadas, segundo o relatório “Políticas Eficazes, Escolas de Sucesso”, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. O estudo revela ainda que a média brasileira de estudos em idiomas é de 1,8 horas por semana, frente às 3,6 horas semanais de outros países. O reflexo desses números incorre num terceiro: apenas 5% dos brasileiros obtêm fluência ao final de algum curso de idiomas e o principal motivo é a insegurança de falar na frente das pessoas.

Uma das razões por trás dessa dificuldade tem a ver com a defasagem no ensino das escolas de educação básica, que acabam levando muitos estudantes a recorrer ao ensino de idiomas em escolas especializadas. Dados da ABF -Associação Brasileira de Franchising- revelam que o segmento educacional teve um dos melhores desempenhos nos últimos 12 meses, registrando alta de 7,4% em faturamento se comparado a 2018. Dentre elas, as escolas de idiomas, inglês e espanhol predominam no mercado, revelando a enorme demanda que há, sobretudo para aqueles que entendem a importância do conhecimento para o crescimento pessoal e profissional.

Existe um compromisso com o aluno, que é garantir que ele aprenda de fato e perca a vergonha de falar com outras pessoas. Entender isso não é segredo, mas como aplicar um método que de fato traga esses resultados é que faz a diferença. Explorar as emoções do aluno e aplicar o conteúdo com base nas vivências e experiências que o próprio estudante traz para sala de aula é um diferencial que apostamos. Falar outro idioma tem que ser prazeroso, se não, não será realmente absorvido”, garante Paulo Arruda, Co-CEO e Co-Founder da Park Idiomas, rede de escolas de inglês e espanhol que traz um método altamente eficaz por meio da análise transacional, uma popular teoria da psicanálise que estuda a forma como as pessoas pensam, sentem e se comportam, e da psicologia positiva, que busca por meio das relações humanas encorajar e estimular o outro.

Não à toa, durante a pandemia, a rede manteve a taxa de perdas de alunos nos mesmos níveis do ano passado, sendo que em agosto e setembro, a taxa ficou até 25% abaixo do mesmo período do ano anterior. “É uma somatória de fatores que nos fez chegar aos números, que inclui desde uma metodologia eficaz, um material digital que favorece o ensino online, até uma equipe de professores treinados para extrair e promover a autoconfiança dos alunos. Entendemos o nosso sucesso como o sucesso e conquista do aluno porque o método Park o prepara para situações reais, como por exemplo a participação em reuniões e videoconferências em inglês. Situações que se tornaram ainda mais comuns com a pandemia”, afirma Eduardo Pacheco, também Co-CEO e Co-Founder da rede Park Idiomas.

Que o inglês está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, seja por meio de plataformas de streaming ou pelos próprios websites, é uma realidade que não tem mais retorno. Fica a cargo dos brasileiros correr atrás do prejuízo e deixar as palavras soltas, como selfie, spoiler e mindset, para contextualizá-las numa frase completa e com bastante significado. Já se sabe que atingir a fluência de um segundo idioma é um desejo de mais da metade da população, dado de um levantamento do Conselho Britânico que revelou que apenas 1% dos brasileiros é verdadeiramente fluente em inglês e outros 4% se relacionam com a língua em vários estágios inferiores ao da fluência plena.