Cidades pequenas aparecem como alternativa e oferecem oportunidades ao franchising

Diversas questões influenciam na hora de investir no próprio negócio e no mercado de franquias a situação não é diferente. Depois de avaliar qual segmento tem mais a ver com seu perfil é preciso pensar, principalmente, onde será o empreendimento.

Atentas a esse fato, inúmeras marcas do franchising têm optado por abrir novas unidades no interior ao invés dos grandes centros, como as capitais, por exemplo. Investir em cidades pequenas tem dado muito certo e o movimento já foi notado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF): trata-se da interiorização das franquias.

Um estudo realizado pela ABF sobre a presença do setor nos municípios brasileiros indicou que entre as 30 cidades com mais unidades registradas neste ano onze não eram capitais – no ano passado, 20 metrópoles estavam no topo da lista. Inclusive, 36,7% dos 30 municípios com mais redes em operação também não são capitais.

O Banneg – Banco de Negócios viu o leque de oportunidades que cidades menores têm a oferecer e decidiu optar por elas. “Por mais que as metrópoles ofereçam maiores oportunidades de negócios elas já estão saturadas. Numa cidade como São Paulo, por exemplo, você vê diversas opções do mesmo segmento, então é mais difícil colocar sua marca no mapa”, explica Edmundo Nogaroto, diretor de expansão do Banneg.

Vantagens

Abrir uma unidade numa cidade pequena possibilita vantagens que, muitas vezes, não seriam possíveis em cidades maiores. Além da concorrência entre franquias ser mais acirrada nas grandes cidades, o custo de implantação também é maior. “O interessante das cidades pequenas é o baixo investimento. Por conta disso, o retorno do capital investido é mais rápido”, explica o diretor.

Custos com funcionários, aluguel e outras despesas são mais baixos em cidades com menos habitantes. Sem contar que a concorrência cai consideravelmente já que seu negócio pode ser a única referência na cidade, e trabalhar com exclusividade permite uma maior fidelização da clientela.

Além disso, a sensação de segurança aliada à qualidade de vida fez com que as cidades pequenas entrassem para o raio de interesse do franchising. “Quando a gente fala de cidades pequenas a gente fala de interior, e o interior paulista é o que mais oferece oportunidade nesse momento”, afirma Nogaroto.

De fato, o interior de São Paulo é o maior mercado consumidor do Brasil e representa 53,4% do total em dinheiro (R$654,4 bilhões) a ser gasto em todo o país, segundo dados do IPC Maps 2018. Durante muito tempo mais da metade do consumo nacional ficava por conta das capitais e de suas regiões metropolitanas, mas o cenário mudou e a interiorização se faz cada vez mais presente: “Marcas regionais estão cada vez mais fortes e não sentem mais a necessidade de ir para grandes polos comerciais para ter seu negócio reconhecido”, enfatiza.

Apesar de ser líder em consumo no país e estar no topo do mercado de franquias (37,8% de participação no estado), São Paulo não é a única localidade que oferece oportunidades no franchising. As demais regiões brasileiras, mesmo que bem atrás no ranking, possuem grandes chances de crescimento no setor. “Quando olhamos para a participação do norte, nordeste e centro-oeste, por exemplo, não vemos um número negativo, pelo contrário, entendemos que esse número baixo significa uma ótima oportunidade de expandir para esses locais”, diz Nogaroto. As regiões norte, nordeste e centro-oeste possuem, respectivamente, 5,3%, 13,6% e 8,4% de participação no mercado de franquias.

O potencial dessas regiões é tão grande que desde que o Banneg entrou para o franchising, em 2017, houve um crescimento de 20% apenas na região norte. “Já temos unidades no Pará e no Tocantins, mas buscamos novos franqueados no Amazonas, Amapá e em Rondônia. O centro-oeste e o nordeste também estão no nosso radar de interesse”.

Novas possibilidades

Se é interessante para o mercado então é interessante para o franchising: o interior é um terreno fértil de novas oportunidades. Com sua economia diversificada, empreendedores locais e um público cada vez mais seletivo, é mais do que natural a demanda por serviços vindos do mercado de franquias – em cidades menores essa procura é ainda maior, já que muitas vezes alguns serviços não são prestados por conta do tamanho da população.

“A quantidade de agências bancárias está cada vez menor e muitas cidades ficaram sem atendimento presencial. Ainda existe essa ideia de que pela cidade ser menor a circulação de dinheiro também é. Se o cliente precisar de crédito, por exemplo, ele precisaria se deslocar até outro município para conseguir o serviço”, explica Nogaroto. “Foi justamente aí que vimos uma oportunidade: por serem menores e com poucos habitantes algumas cidades carecem de serviços como os que prestamos no Banneg.

A marca possui parceria com mais de 20 bancos e oferece serviços como consórcio de imóveis, automóveis, caminhões e serviços; financiamento habitacional e de automóveis; crédito com garantia de imóvel; crédito consignado, entre outros. Com duas modalidades de atuação (loja física e home office) e uma das melhores taxas do mercado, o Banneg está presente em regiões com baixa densidade populacional e seus modelos de negócio foram desenvolvidos para se adaptar a essas áreas.

De 124 unidades espalhadas pelo Brasil 39 das franquias do Banneg estão em cidades pequenas e, juntas, representam 30% de todo o faturamento da rede. “Claro que é importante ser reconhecido numa metrópole, mas mais do que isso queremos levar nosso serviço onde ele é necessário e procurado. Encontramos essa demanda em cidades de até 100 mil habitantes e estamos trabalhando para marcar nossa presença nesses municípios”, diz o diretor.