Cai a proporção de empresários do varejo com excesso de estoques

Pelo terceiro mês consecutivo caiu o número de empresários que afirmam estar com estoques acima do adequado. Em julho, a queda foi de 0,8 ponto porcentual (p.p.) passando de 37,5% em junho para 36,8% neste mês. Com isso, o índice que mede a adequação dos estoques do comércio varejista da região metropolitana de São Paulo (RMSP) registrou crescimento de 5,9% no mês. O indicador passou de 93,8 pontos em junho para 99,3 em julho. Porém, na comparação com o mesmo período de 2015, a retração foi de 14,3%, quando o índice registrou 115,9 pontos.

Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.

Também houve retração de 2 p.p. no número de empresários que afirmaram estar com estoques abaixo do adequado, passando dos 15,6% em junho para 13,6% neste mês. Como consequência, a proporção de empresários com estoques adequados subiu 2,8 p.p. ao passar de 46,9% em junho para 49,7% em julho, porém ainda permanece bem abaixo dos 57,9% registrados em julho de 2015. Já a proporção de empresários com estoques acima do desejado é 8,8 pontos porcentuais superior em relação ao mesmo período do ano passado.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, a terceira queda consecutiva na proporção de empresários com estoques elevados é positiva. Embora ainda seja cedo para afirmar que o cenário definitivamente melhorou, diversos dados sugerem que o pior momento está ficando para trás e não apenas por conta dos resultados de julho, mas também pela conjunção de dados extraídos das diversas pesquisas elaboradas pela FecomercioSP, as quais mostram que a confiança do consumidor e do empresário segue em alta, as perspectivas de investimento e de vendas estão um pouco melhores e a inflação em queda. Tais indicadores sugerem a possibilidade real da retomada da atividade econômica no País após a pior crise da história.

A Entidade reforça que as expectativas para 2016 eram negativas, mas mostraram evolução nos últimos três meses. O cenário tende a melhorar na medida em que as políticas de equilíbrio macroeconômico forem sendo implementadas e, com isso, mais empresários se encorajem a investir no Brasil, gerando emprego, renda e aquecendo a economia e o consumo.

Nota metodológica
O Índice de Estoques é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011, com informações de cerca de 600 empresários do comércio nos municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques para “acima” – quando há a sensação de excesso de mercadorias – e para “abaixo”, em casos de os empresários avaliarem a falta de itens disponíveis para suprir a demanda a curto prazo.

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