Em 2010 quando surgiu a ideia de criar o Instituto Gourmet, em Serra, no Espírito Santo, Lucilaine Lima não imaginava que sua empresa daria tão certo. Formada em biologia, ela resolveu trocar as aulas para os estudantes do ensino médio para investir em vendas de doces caseiros e assim poder ficar mais próxima de seu primeiro filho.
A única dificuldade, é que Lucilaine não tinha muita experiência na cozinha, muito menos na confeitaria. Então seu marido, Robson Fejoli, resolveu desafiá-la a encontrar a receita perfeita de bem casado. “Eu queria “agradar” meu marido, para ter certeza que agradaria o público. Então eu procurei uma receita, fiz algumas mudanças e coloquei como meta fazer o melhor bem casado que ele já tinha comido na vida. Deu tão certo que até hoje ele fala isso para mim”, comenta Lucilaine.
Com a alta qualidade de seus produtos, seus clientes questionavam seus segredos culinários e então resolveu repassar as informações que tinha transformando suas receitas em um negócio de sucesso. “Trabalhei com doces por quase 7 anos e costumo dizer que idealizei o curso 7 em 1, pois, tudo o que errei, pude facilitar para o aluno nos módulos que disponibilizamos, pensando sempre em tornar o aluno um empreendedor e gestor”, diz Lucilaine.
A unidade piloto foi inaugurada em 2014 e, em poucos meses, já obteve um bom faturamento. No ano seguinte, o casal se reuniu com Glaucio Athayde – carioca e grande conhecedor do setor de franchising – e formaram uma sociedade.
Após estudar o setor por alguns anos, a marca ingressou no mercado de franquias em 2017 e obteve um faturamento de R$ 5 milhões no primeiro ano. Hoje, após 5 anos da inauguração da primeira unidade o Instituto Gourmet cresceu 600%, faturando mais de R$ 14 milhões e comercializando 70 unidades. “O bom desempenho dos nossos franqueados já inaugurados proporcionou que novos investidores acreditassem no negócio”, completa a empresaria.
Atualmente, 80% dos franqueados já possuem duas ou mais unidades da rede. “O Instituto Gourmet é um modelo de negócio extraordinário, pois beneficia o franqueador, o franqueado e principalmente o aluno, que aprende técnicas gastronômicas e como empreender para ter seu próprio negócio. Além claro, de estarem em três áreas de constante crescimento no país: gastronomia, educação e franquias”, conta Eduardo Tegeler, franqueado de São Bernardo do Campo e Piraporinha.
A busca por funcionários capacitados e o desejo do brasileiro de empreender faz com que o mercado de cursos profissionalizantes se mantenha aquecido mesmo diante a crise. As expectativas são para que até o final desse ano a rede triplique o faturamento atingindo os R$ 45 milhões.
Para a empresária, o sucesso da rede de franquias se dá pelo fato da empresa ter como missão transformar a vida de todos os que integram seu modelo. “Além do aluno empreendedor, nós enfatizamos a importância social que o franqueado possui. Ele é responsável por impactar economicamente aquela região gerando empregos e formação profissional. Eu vejo que o que meu marido sempre quis, era uma mudança nas minhas atitudes, ele conhecia meu potencial e os desafios dele me motivava a ser uma pessoa muito melhor. O Robson me tirava do comodismo e isso foi ótimo, pois sem essa motivação eu não teria crescido profissionalmente e o Instituto Gourmet não estaria grande do jeito que está”, finaliza Lucilaine.