A taxa de desemprego no Brasil aumentou de forma brusca em 2015. Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que só no último trimestre (julho, agosto e setembro) a queda foi de 8,9%, a maior taxa da série iniciada em 2012. Os dados, divulgados no dia 24 de novembro, fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Trimestral (Pnad Contínua) e indicam que a população desocupada no Brasil chegou a 9 milhões de pessoas.
Apesar de desfavorável, o cenário abre oportunidades em setores que se mantém em pé mesmo em meio a crise. A indústria brasileira da beleza, por exemplo, emprega atualmente 4,8 milhões de pessoas. “O brasileiro é bastante vaidoso e não deixa de se cuidar devido à falta de dinheiro, basta você passar em frente aos salões de beleza e verificar o movimento para comprovar essa realidade. No entanto, querer vender um serviço ou produto na área, não é o suficiente, para permanecer ou ingressar nesse mercado, assim como em qualquer outro, é necessário qualificar-se”, afirma Amanda Andreozzi, diretora do Instituto Divas, rede de escolas de beleza.
Amanda conta que 2015 foi o ano mais positivo do Instituto Divas, que funciona há cinco anos na zona norte da capital paulista. Ela acredita que o bom momento, por incrível que pareça, foi impulsionado pela crise. “A dificuldade faz com que as pessoas saiam do comodismo. O funcionário que estava há anos no mesmo cargo em uma empresa passa a buscar novos conhecimentos com receio de ser demitido. Os desempregados vão atrás de cursos que os qualifiquem para voltar ao mercado de trabalho. A dona de casa procura uma ocupação que lhe traga retorno financeiro para ajudar com as despesas e o estudante percebe que não pode mais ficar apenas atrás dos livros e computadores porque tem que ajudar a família”, explica.
Ainda de acordo com a empresária, muitas profissionais de outras áreas chegaram ao Instituto Divas neste ano e encontraram não só a oportunidade que buscavam como também maior estabilidade. “Recebemos desde açougueiros que viraram cabeleireiros até padeiros que se tornaram barbeiros. Alunos que se tornaram não só profissionais qualificados, mas também empreendedores de sucesso”, orgulha-se Amanda justificando que muitos dos alunos que passaram pelo Instituto Divas neste ano já conseguiram abrir o próprio salão.
O Instituto Divas oferece cursos de cabeleireiro profissional, manicure e pedicure, maquiagem profissional, barbeiro, aperfeiçoamento de colorimetria, aperfeiçoamento de corte, aperfeiçoamento de química, penteado e designer de sobrancelha. *O piso de cada categoria varia muito, segundo Amanda, mas ela adianta que o salário mais baixo pode iniciar em R$ 1.000,00 (auxiliar de cabeleireiro) e o mais alto pode chegar a R$ 15 mil. “O retorno financeiro de cada uma dessas profissões é muito bom, mas algumas delas se sobressaem em alguns momentos como é o caso do barbeiro: a demanda por este profissional virou uma febre nos últimos tempos”, Amanda deixa a dica.
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