Para muitos, a palavra empreendedorismo é sinônimo de abrir seu próprio negócio. Porém, o comportamento empreendedor vai muito além. “Uma empresa pode ter funcionários empreendedores, por exemplo, que sempre buscam inovar, aperfeiçoar e criar novos métodos e produtos, mesmo não sendo os donos”, explica Guto Ferreira, CEO do Banco Confia Microfinanças e Empreendedorismo. Uma pesquisa inédita realizada pelo Banco Confia, uma entidade sem fins lucrativos que trabalha com microcrédito e capacita empreendedores, garante que o jovem universitário quer ter sua empresa, entretanto, poucos são os que concretizam tal sonho.
Os pesquisadores envolvidos no estudo “Empreendedorismo no Ensino Superior” entrevistaram 304 universitários e observaram que 93% dos entrevistados possuem o espírito empreendedor e querem abrir sua empresa. Mais de 91% consideram importante e acreditam ter a capacidade de construir um futuro melhor e mais promissor com seu próprio trabalho. Ao serem questionados se o preparo para exigir qualidade era importante para um empreendedor, apenas 64% acreditam nisso, 31% apesar de acharem importante, acreditavam não a possuir. Com respeito a sonhar mais de 90% acredita que é importante para se obter bons resultados e sobre o feeling para ser empreendedor 62% afirmaram ser importante e acreditavam possuí-lo. “Esse é o primeiro erro. O feeling é importante, mas em um projeto, validação do modelo, educação financeira, capacitação, análise de mercado, disciplina e planejamento são fatores realmente determinantes. O que diferencia o Brasil de países como Chile e Uruguai é que, aqui, muitas pessoas vivem apenas o sonho. Sonhar é importante, mas ter os “pés no chão” e ir atrás dele transforma-o em realidade”, revela Fabiana Kuroda, gerente executiva da Confia.
“Nossa pesquisa deixou claro que o Brasil pode, sim, ser um país empreendedor, mas esta não é a realidade hoje, principalmente na base da pirâmide, que movimenta uma economia bilionária paralela que poderia ser facilmente multiplicada com o conhecimento de ações simples de gestão e administração. Quando o Banco Confia empresta recursos financeiros, oferece cursos de capacitação de como usar esse dinheiro e, ao estar próximo do empreendedor, principalmente nas comunidades carentes, transforma a realidade a seu redor. Hoje, a inadimplência chega ao pequeno índice de 2,8%, um dos menores se comparado a maior parte dos bancos de varejo, mas isso não é mágica e nem sorte, é planejamento”, finaliza Guto Ferreira.
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