5.693.694. Este é o número exato de mulheres brasileiras que empreendem, segundo um estudo inédito da Serasa Experian. Isso significa que 43% dos negócios no Brasil têm uma mulher como sócia; a idade média dessas mulheres é de 44 anos.
Parte dessas mulheres opta por ter um negócio no sistema de franchising, que oferece suporte integral tanto durante a concepção do negócio quanto no que diz respeito à gestão. E elas estão descobrindo que é possível conciliar uma vida pessoal saudável com o sucesso profissional. É o que contam a seguir franqueadas de redes dos mais diferentes segmentos, como Anjos Colchões, Di Vetro, Água Doce, Container Segurança e Restaura Jeans.
Organização e paixão pelo que faz mantêm franqueada da Restaura Jeans no posto de melhor faturamento da rede
Há cinco anos, Juliane Buzachi tornou-se franqueada da Restaura Jeans – rede composta por mais de 230 lojas que oferece serviços de lavanderia, costura, tingimento, customização e recuperação de artigos em couro, entre outras opções – na loja de Lauro de Freitas (BA). Há um ano, surgiu a oportunidade de ampliar os negócios. Mesmo já tendo uma franquia da marca, Juliane assumiu a franquia de Salvador (BA) e, atualmente, cuida de ambas sozinha.
A loja de Salvador, mesmo antes de Juliane assumir o negócio, era a de melhor faturamento da rede. “Mas manter-se no primeiro lugar é tão ou mais difícil do que chegar lá”, pondera a franqueada. Ela conta que, apesar de estar à frente do negócio, conta com o suporte da família e de sua equipe para alcançar o sucesso. “Moro em Lauro de Freitas. Nos dias em que estou em Salvador, meus pais me ajudam, vão buscar meu filho na escola e dão todo o apoio. Quanto às franquias, procuro gerenciá-las com diálogo. Jogo aberto com a equipe e deposito minha confiança em cada um”, afirma.
E, apesar da vida profissional agitada, Juliane não deixa sua vida pessoal de lado. “Procuro manter uma vida social. Gosto muito de cinema e aos domingos sempre estou em casa, para ficar com meu filho”. O segredo para dar contas de tantas atividades, diz Juliane, é ter organização e dedicação, além de ser apaixonada pelo que faz. “Tenho uma agenda onde anoto tudo detalhadamente. Amo o que faço, me identifico com o negócio e tenho orgulho em ver meus clientes satisfeitos”.
História de superação leva franqueada a se destacar em sua rede
Célia Maria Sanches passou a adolescência e grande parte da vida adulta em Cascavel (PR). Sempre ligada ao comércio, trabalhou por cerca de cinco anos na D’Angelis, empresa do Grupo Anjos do Brasil. Espontânea, persistente, objetiva e transparente, Célia diz que essas características a ajudam a lidar com o público.
Em 2009, após a morte da mãe, Célia achou que era hora de mudar. “Não queria mais ficar em Cascavel, precisava sair do luto que tinha entrado desde a perda de minha mãe. Meus filhos já estavam criados, eram adultos”. Foi então que surgiu a oportunidade de tornar-se uma franqueada da Anjos Colchões – rede paranaense de franquias, com 45 lojas, que oferece colchões de qualidade, todos de fabricação própria. “O Claudinei dos Anjos, franqueador, e sua esposa Nereide me deram muita força naquele momento. Eles me mostraram lojas em duas cidades diferentes do interior de São Paulo para que eu pudesse escolher onde recomeçar”, relembra.
Célia gostou muito da cidade de Bauru (SP), mas ali já havia uma loja própria da Anjos e ela julgou que comercialmente não seria a melhor opção. Então, mudou-se para Jaú (SP), onde esteve à frente da franquia da Anjos na cidade por um ano. Em 2010, teve a chance de adquirir como franqueada a loja própria da Anjos Colchões em Bauru. Deixou a loja de Jaú e viajou cerca de 50 km para recomeçar a vida.
“Vivo uma fase muito tranquila em minha vida pessoal hoje. Meu foco é a vida profissional. Mas tenho tempo de cuidar da minha casa, fazer patchwork e ter tempo para mim. Se a gente acreditar na equipe para ajudar, é possível conciliar todos os aspectos”, avalia.
Para atuar em mercado predominantemente masculino, franqueada equilibra força e suavidade
Fabiana Cunha foi uma das primeiras franqueadas da Container Segurança – rede de franquiaspioneira na locação de containeres transportados em carro para obras da construção civil. Para conquistar seu espaço num mercado predominantemente masculino – hoje a franquia se destaca na região de Ponta Grossa (PR) –, Fabiana dosa força e suavidade. “Antes de ser franqueada, eu administrava uma fazenda. Então, já tinha experiência em me posicionar em um ambiente masculino. A mulher precisa saber se impor, mas também precisa saber ser maleável quando necessário”, revela.
Hoje, Fabiana tem 100 containeres e um funcionário que a ajuda no trabalho de campo. “Fico com a parte administrativa, de controle e gestão”, revela. “O bom atendimento com certeza é um diferencial no mercado”, acredita.
E, apesar do sucesso profissional, ela não abre mão de ter uma vida pessoal enriquecedora. “Vou à manicure, me cuido. Não abro mão da diversão. A gente tem que escalonar trabalho e lazer para ter tempo de fazer os dois”.
Mercado de cosméticos exige profissionalismo e dedicação
Marlinei Ávila chegou a Rio Verde (GO) para trabalhar como professora universitária. Mas o bom gosto e a atração pela beleza a levaram para o ramo dos cosméticos. Abriu uma perfumaria multimarcas e, em 2014, tornou-se franqueada da Di Vetro – rede de lojas especializadas em perfumaria importada, que traz ao público marcas renomadas, como Calvin Klein, Dior, Prada, Kenzo, Hugo Boss, Carolina Herrera, Givenchy, Dolce & Gabanna e muitas outras.
Hoje, já possui três lojas na cidade. “A população da cidade praticamente triplicou em 25 anos. Rio Verde está passando por um momento de desenvolvimento, por isso há espaço para crescer”, avalia.
Ela conta que optou por tornar-se franqueada – em vez de ter uma loja de marca própria – porque o mercado dos cosméticos é muito competitivo. “A Di Vetro se destaca pelo know-how que possui. Dá oportunidade de fazer compras melhores, diretamente com o importador, o que melhora o preço do produto final”, pondera.
E, para dar conta de três franquias, Marlinei afirma seguir todas as orientações da franqueadora com profissionalismo e dedicação. “Sempre aproveito as oportunidades e sigo as normas e o contrato da empresa. Confio muito nas orientações da franqueadora”, diz.
Como todo o processo de crescimento foi muito rápido, Marlinei confessa que teve de deixar o lazer um pouco de lado. “As franquias são muito novas, preciso cuidar delas muito de perto ainda. Mas o projeto é que, em um ano, eu volte a me dedicar também à minha vida pessoal”.
Para manter-se entre os dez maiores faturamentos da rede, franqueada aposta na inovação
Adriana Rivas Pires Farinha é franqueada da Água Doce – rede com mais de 100 restaurantes presentes em dez estados e no Distrito Federal – há 19 anos. Sua franquia, em Jundiaí (SP), está sempre no ranking dos melhores faturamentos da rede.
Para conseguir manter-se nesse patamar, Adriana aposta na inovação. Foi uma das primeiras franqueadas a servir almoço no restaurante. Começou em 2008, no sistema self servisse, e retomou a ideia em 2014, no sistema a la carte. “Por estarmos no Beco Fino, um dos maiores centros gastronômicos de Jundiaí, acreditamos na implantação do almoço que não era tradição na casa. E estamos crescendo mês a mês”, diz.
Adriana atualmente tem como sócia na franquia sua irmã, Amélia Farinha, mas está presente em cada detalhe do dia a dia da operação e da gestão do negócio. Recentemente, investiu em uma grande reforma no imóvel, trocou o mobiliário externo e interno, fez o revestimento das paredes com a ajuda de um artista plástico e instalou luminárias novas. “Os clientes percebem quando a gente cuida, renova, afinal todo nosso esforço é para o lazer e o bem estar deles. E é importante porque impulsiona o negócio”.
Para manter o atendimento em um nível de excelência, ela investe no treinamento contínuo da equipe. “Treinar e cuidar da equipe para oferecer sempre um bom atendimento aos clientes é nossa prioridade. Procuramos manter os funcionários motivados e cuidamos dos benefícios que recebem como seguro de vida, convênio médico, seguro odontológico, além da cesta básica e vale transporte”.
E, apesar do cotidiano agitado, tenta conciliar o trabalho, casamento e os três filhos. “Basta se programar e gostar do que faz, assim tudo acontece. Sou uma mulher feliz com meu trabalho”, finaliza.
EmPauta Comunicação – Cristina Thomaz
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