A NTW Contabilidade reuniu cinco mulheres singulares para uma live transmitida em seu canal do YouTube (@NTWContabilidade) sobre empreendedorismo feminino: Alzieth Vilhena, diretora-executiva da NTW de Belém, Castanhal e de Barcarena (PA), Regiane Sposito, diretora-executiva da NTW de Americana e Brotas (SP), Luciara Miranda, diretora da Tutore LM de Belo Horizonte (MG), Angélica Machado, diretora da Tutore Prime de Timóteo, com mediação de Anthônia Miguel. Todas elas contaram sobre sua trajetória no mundo dos negócios, abordando o tema central sob sua perspectiva em um bate-papo leve e descontraído.
Regiane lembrou que veio de uma família humilde, com ideias limitantes. Seu pai era feirante e exímio vendedor, habilidade que foi herdada por ela. “Meu primeiro negócio foi uma quitanda. Depois, trabalhei por 15 anos no setor administrativo de uma empresa, e por conta disso fui estudar contabilidade”, revelou ela. Regiane lembra que sempre soube de seu potencial, mas hoje ela compreendeu que, ao empreender, ela tem o poder de oferecer possibilidades para as pessoas. “O empreendedorismo fez renascer em mim a vontade colocar sonhos em prática. Sou apaixonada por isso”, disse ela.
Angélica Machado concordou com a ideia de que as mulheres possuem o dom de realizar sonhos empreendendo. “Sempre repito a frase que diz: nada é impossível. Há muitas oportunidades para empreender sem sair de casa. Vemos todos os dias doceiras que faturam mais que lojas físicas; fábricas de doces no terraço faturando mais que cafés. Mas para ver as chances que se apresentam, é preciso olhar para o mercado, estar atualizado e abraçar os desafios com dedicação”, afirmou ela. Angélica considera que começou a empreender no primeiro emprego, já que sempre trabalhou como se fosse a dona do negócio. “Sempre pensei em soluções para resolver os problemas das empresas. Eu era manicure e ia ao mercado, pesquisava a concorrência, inovava. Colocava um saquinho na bacia para demonstrar um cuidado a mais; bolinhas de gude para massagear os pés e usava toalha descartável. Quando o valor do serviço custava, em média, R$ 5, eu cobrava 12 por causa dos meus diferenciais. Por isso, digo que é essencial acompanhar tendências, inovar, criar”, ressaltou ela.
Já Luciara Miranda contou que veio do mercado do trabalho convencional e passou por desafios no empreendedorismo. “Quando trabalhei em empresas, percebi que as mulheres não eram ouvidas como os homens. Suas ideias não eram tão valorizadas por causa do preconceito, e no empreendedorismo não é diferente. Ainda vemos muitas ideias femininas sendo reproduzidas por homens. Isso infelizmente ainda existe”, disse Luciara.
Ela salientou que a jornada múltipla da mulher também influencia. “Ser mulher é maravilhoso, ter a qualidade de ser multitarefas. Porém, falta energia na questão de gestão do tempo, para ter foco no negócio. Isso é uma grande injustiça”. Ela lembrou ainda outras questões de preconceito, como o fato de as linhas de crédito serem mais caras para mulheres empreendedoras. “É triste, mas ainda sofremos este tipo de coisa”.
Alzieth Vilhena falou sobre a importância da liderança feminina no Brasil. “Precisamos discutir e promover ações para desenvolver a liderança das mulheres. Sempre tive habilidade para isso, mas mesmo para quem não possui, isso não pode ser um bloqueio. Recomendo a todas as mulheres que desejam empreender que se preparem, realizem cursos, façam leituras e apliquem seus conhecimentos adquiridos no dia a dia”, reforçou ela. Alzieth salientou que as mulheres necessitam quebrar paradigmas, uma vez que podem liderar qualquer pessoa, basta treinar. “Para que possamos fazer algo, é fundamental dar o primeiro passo e tentar. A primeira vez será difícil, doloroso, mas com o tempo vai melhorando. A habilidade da liderança se faz com conhecimento. Busque isso, faça seu networking e perca o medo”, concluiu a executiva.