Em agosto, mês em que se comemora o Dia dos Pais, o varejo paulista deve apresentar um aumento de vendas 14,2% acima do registrado no mesmo período do ano passado, segundo projeção realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A previsão de alta, no entanto, não está relacionada à data comemorativa, que é a que tem menor impacto sobre as vendas do comércio. Normalmente, a sazonalidade de agosto é inexpressiva no varejo estadual, com crescimento médio mensal ao redor de 2%, que deve ser a variação ante julho de 2021.
Quando observamos apenas as atividades que têm alguma correlação com o Dia dos Pais, o nível de faturamento tende a mostrar um crescimento de 6% ao longo de todo o mês, atingindo R$ 41 bilhões, o que representa um aumento de R$ 2,3 bilhões em comparação ao observado em agosto do ano passado.
Neste ano, fatores como a flexibilização quase plena do horário para funcionamento das lojas, a necessidade de recomposição de demanda e o auxílio emergencial, somados às melhores condições para o aumento do nível de gastos no varejo, devem proporcionar o incremento de R$ 8,7 bilhões na receita real do comércio, em comparação ao mesmo mês de 2020.
O tíquete médio das famílias paulistas com despesas nesses setores deve atingir R$ 2.638,79, estima o estudo. Isso representa uma elevação de cerca de R$ 112 reais por família, 4,5% maior do que em agosto de 2020, em razão, principalmente, da continuidade no aumento de aquisição de alimentos e produtos de higiene e de roupas.
Veículos e autopeças (37,6%), materiais de construção (37,4%), outras atividades – nas quais predominam a venda de combustível (22,6%) – e lojas de vestuário, tecidos e calçados (20,1%) devem ser os segmentos com os índices de crescimento mais substanciais.
No sentido oposto, mesmo a primeira sendo uma das atividades mais sensíveis ao Dia dos Pais, as farmácias e perfumarias (-0,5%) e as lojas de móveis e decorações (-8,7%) tendem a registrar quedas de movimento ante agosto de 2020.